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São Paulo vê pontas não funcionarem e acaba forçado a encontrar variação

Botafogo de Ribeirão Preto soube encontrar espaço explorando o que era o ponto forte ofensivo de Dorival Júnior e Tricolor paulista só se ajustou quando mudou seu esquema

Brenner não teve a mesma facilidade para jogar nas pontas como em outros jogos
imagem cameraBrenner não teve a mesma facilidade para jogar pela ponta como em outros jogos (Rubens Chiri/saopaulofc.net)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/02/2018
21:46
Atualizado em 04/02/2018
08:00

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A jogada pelas pontas, em um 4-3-3 bem definido, vinha sendo o principal positivo de um São Paulo ainda longe de convencer neste início de temporada. Mas, nesse sábado, o Botafogo de Ribeirão Preto, no Morumbi, apresentou um antídoto explorando exatamente essa estratégia, e Dorival Júnior foi forçado a encontrar uma variação que pode ser uma solução ao longo de 2018.

A equipe do interior não se intimidou no Morumbi e mostrou que, com organização, pode surpreender. O técnico Léo Condé montou uma linha de cinco jogadores no meio-campo que podiam recuar até a intermediária defensiva. Um dos diferenciais é que eles não só limitavam os espaços, como davam botes certeiros. Com velocidade para contra-atacar, acertaram duas bolas na trave e tiveram outra chance clara no primeiro tempo.

Dorival tinha a proposta de fazer seus laterais centralizarem, mantendo Marcos Guilherme e Brenner abertos para tabelar. O problema é que Reinaldo e, principalmente, Militão, mal conseguiam avançar e ainda deixavam suas costas abertas para o rival avançar em velocidade. Os erros de passes foram se acumulando e Petros, costumeiramente surpresa vindo de trás, mais perseguia adversários do que trabalhava com a bola. Era muita gente no ataque, mas ineficiente até para marcar a saída de bola rival sob pressão.

A solução encontrada por Dorival foi simples: voltou do intervalo com cinco jogadores no meio-campo, assim como o Botafogo. Escalou Cueva no lugar de Brenner, recuou Marcos Guilherme e apostou que, igualando-se na postura tática, além de cobrar mais disposição dos jogadores, poderia fazer a técnica são-paulina impor superioridade no placar.

Enquanto o Botafogo tentava entender a mudança do rival, Reinaldo fez o cruzamento para Diego Souza abrir o placar. Mas, ao longo do segundo tempo, ficou claro que essa mudança tática precisa ser mais treinada. Inteligente taticamente, o time de Ribeirão Preto ainda encontrou espaços, principalmente pelos lados, para fazer Sidão trabalhar e até executar um milagre quando estava 1 a 0.

Fica a lição de que o time precisa encontrar variações além da chegada de Petros e das jogadas pelos lados. Cueva, talvez, seja uma delas. Mas a esperança da torcida é que o tão esperado tempo maior de treino (a equipe terá uma semana sem jogo após receber o Bragantino, na quarta-feira) seja suficiente para Dorival Júnior ter alternativas mais bem ajustadas.

Confira abaixo como a postura são-paulina no primeiro tempo deixou espaços que o Botafogo de Ribeirão Preto soube explorar:

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