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Todos por um de novo: São Paulo tenta blindar Edimar da pressão

Lateral-esquerdo vem sendo o jogador que mais sofre com as críticas da torcida em meio ao início de ano nada convincente, mas ganha apoio e promessa de que não sairá do time

Edimar sofre com vaias da torcida, mas ouve promessa de que não sairá do time
Edimar sofre com vaias da torcida, mas ouve promessa de que não sairá do time (Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Em meio ao pouco convincente início de temporada do São Paulo, Edimar tem sido o principal foco das críticas. Nessa quarta-feira, durante a vitória sobre o Madureira, em Londrina, a torcida vaiou o jogador e pediu a entrada de Reinaldo, como a organizada Independente já tinha feito em protesto recente. Mas elenco e comissão técnica, baseados em estratégia que evitou o rebaixamento no Brasileiro de 2017, tentam blindar o lateral-esquerdo.

Os jogadores deixam claro que o primeiro descenso da história do clube no torneio nacional só não ocorreu porque houve uma união dentro do plantel, aliada ao apoio da torcida. Após a partida pela Copa do Brasil, Rodrigo Caio adotou um discurso de repetir a medida, agora como proteção a Edimar, para não expor ninguém individualmente.

- No momento mais difícil do clube, os torcedores estiveram do nosso lado. Mas gente fica triste, porque a cobrança não pode ser em um só jogador, tem de ser coletiva. Entendemos a chateação da torcida, estamos assim também. Não queremos viver 2017 novamente, mas não é fácil. Precisamos ter paciência e trabalhar - indicou o zagueiro.

- A cobrança não tem de ser para um só, isso não pode acontecer. Quando o time joga mal, os 11 jogadores que estão dentro de campo devem ser cobrados. Honramos essa camisa da melhor forma possível. Pelo ano que tivemos em 2017, entendemos a torcida. Sabíamos que 2018 ia ser difícil, que a cobrança seria muito forte - continuou Rodrigo Caio.

Edimar começou 2018 apontado por Raí, diretor executivo de futebol do clube, como um dos reforços para a temporada - estava emprestado pelo Cruzeiro até dezembro e acabou comprado por R$ 400 mil, assinando com o Tricolor até o fim de 2019. Seguiu como titular mesmo com a volta de Reinaldo, elogiado após ser emprestado para Ponte Preta e Chapecoense, ganhar aumento e também ampliar seu vínculo com o São Paulo.

As críticas da torcida foram um dos principais motivos para Reinaldo ser repassado a outras equipes nas duas últimas temporadas. Hoje, curiosamente, seu nome é gritado nas arquibancadas para a vaga de Edimar. Mas a promessa de Dorival Júnior é não ceder à pressão, mantendo o seu lateral-esquerdo como titular na esperança de que ele readquira confiança.

- Não vou tirar um jogador porque o torcedor se manifesta contrário a ele. É muito simples para o treinador entregar o que querem, mas o jogador readquire confiança atuando, e tem de ser dessa maneira. Não vou jogar um garoto desses para o que todos esperam, jamais farei isso. Em um momento adequado, faço alteração. Edimar já teve bons momentos e poderá voltar a ter, desde que tenhamos paciência. Reinaldo e Júnior Tavares brigam por posição e, na hora certa, terão oportunidade - disse o técnico.

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