Pouco inspirado e desfalcado, São Paulo dá sinais de estagnação
Tricolor volta a jogar mal, não consegue furar a retranca do Avaí e esteve mais próximo de derrota do que vitória. Tchê Tchê, única inspiração, está fora do próximo jogo
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Quem assistiu ao empate em 0 a 0 entre São Paulo e Avaí, em Santa Catarina, pode ter clara noção de que o time paulista não consegue mostrar qualquer evolução neste estágio da temporada. Ainda que tenha entrado em campo desfalcada, a equipe de Cuca, que teve uma semana cheia para treinar, poderia ter apresentado um repertório muito melhor para bater os catarinenses.
Sem Hernanes, que não viajou para Florianópolis, o treinador optou por escalar Everton pelo lado esquerdo do ataque, e puxou Vitor Bueno para atuar pelo meio. Foi a única alteração em relação à formação que enfrentou o Cruzeiro na rodada anterior. Apesar de o "Profeta" ser uma ausência bastante sentida, era esperado que o time desse um passo a mais, principalmente pelos treinos da semana. No entanto, o que se viu foi uma queda brutal de produção.
Isso porque nem é possível dizer que o duelo com a Raposa foi um exemplo de qualidade, mas houve o que se tirar de proveito. A constante, porém, é o desempenho de Tchê Tchê, a única inspiração tricolor. O versátil meio-campista tenta tudo: passes rápidos, tabelas, lançamentos, carregar a bola... O problema é que sem ajuda e sem companheiros no mesmo ritmo fica difícil.
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Outra vez a equipe insistiu em jogadas pelo meio, afunilando sempre os lances, facilitando a marcação rival. As raras tentativas de abertura pelos lados, geraram lampejos de oportunidades que não foram aproveitadas. A falta de repertório ofensivo tem ficado cada vez mais grave e provando que a chegada de um centroavante não vai resolver os problemas do setor, que também carece de criação e inspiração, algo que pode ser corrigido no meio-campo.
Para completar a atuação tenebrosa dos são-paulinos, não foram poucas as chances que o Avaí teve para abrir o placar. Todas diante de bolas perdidas, passes errados e inacreditáveis distrações do sistema defensivo. Caso tivesse enfrentado um time com mais capacidade ofensiva, certamente teria saído de campo com uma derrota. Não é exagero dizer que os catarinenses estiveram mais próximos da vitória do que os paulistas.
Isso sem contar os desfalques. Everton sentiu um incômodo na coxa direita e deixou o gramado ainda no primeiro tempo, não deve enfrentar o Atlético-MG, assim como Tchê Tchê, que levou o terceiro amarelo. O time que tinha a pretensão de somar 18 pontos nas primeiras nove rodadas, agora parece torcer para a chegada da pausa para a Copa América com o menor prejuízo possível.
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