‘Quem vem de Cotia quer mais pelo clube’, destaca volante do São Paulo
Wellington acredita em desmotivação de alguns atletas diante de falta de chances, mas quer usar dois jogos finais de 2016 para provar ao Tricolor que pode ser útil
Wellington busca um recomeço no São Paulo. Depois da quarta lesão grave de joelho, suspensão por doping e período de empréstimo no Internacional, o volante treinou como titular nesta quarta-feira e pode iniciar uma partida pela primeira vez depois de um ano e dois meses. No domingo, às 17h contra o Atlético-MG, 2017 vai começar para o marcador.
- Eu esperava essa chance, com certeza. Venho trabalhando firme e muito forte, adquirindo ritmo em jogos-treino e no dia a dia. Está longe do jogo, não sei se serei a opção, mas estou preparado e pronto para ajudar o São Paulo. Eu encaro esses últimos jogos como os da minha vida. Eu não joguei esse ano difícil para o clube, então encaro como um teste para o São Paulo ver que estou pronto para ficar em 2017 - destacou.
Wellington não começa um jogo desde setembro de 2015, pelo Internacional, contra o Santos. No São Paulo, desde março de 2014, contra o Penapolense
São 12 anos de São Paulo, quase nove desde a promoção ao elenco profissional. Wellington foi cria de uma das primeiras turmas formadas no CFA Laudo Natel e hoje acredita que está em Cotia a solução para o Tricolor não passar mais apuros como em 2013 e neste ano, com briga contra o rebaixamento. Para ele, quem nasce no clube tem mais compromisso.
- Se o atleta está no São Paulo, ele tem que pensar em sucesso aqui, não em outro time daqui. No máximo em um sonho de Europa. O meu desejo é sempre ficar no São Paulo. Cotia é espetacular, com investimento e preparação muito bons. Quando mais jogadores vierem para cá, é melhor, porque a gente que vem da base quer mais pelo clube, sonha em ser campeão e ídolo - disse.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Wellington:
Qual ano foi pior: 2013 ou 2016? Uma reformulação no elenco te anima?
São grupos diferentes, jogadores diferentes, não tem como comparar. Aqui o ambiente é sempre bom, principalmente nas vitórias. Meu pensamento é recuperar meu espaço depois da lesão e da suspensão de doping. Só quero somar o máximo de minutos possível. Era difícil com a temporada em andamento, com jogadores na frente, eu sem ritmo e sequência... Eu sabia que seria difícil, mas agora ela pode vir e já servir para o ano que vem.
Tem arrependimentos na carreira?
Não, não tenho. Sou um cara que olha sempre para frente, não costumo olhar para trás. Eu tive quatro lesões e uma suspensão por doping, o que dificultou bastante minha trajetória. Já passou e espero não ter mais nenhuma lesão. Quero ser feliz e ajudar o São Paulo.
Como o São Paulo precisa ser em 2017? O elenco está dividido entre quem é dedicado e quem não tem comprometimento?
Os atletas que ficarem e chegarem precisam saber que o desempenho ruim não pode repetir. Nós somos os maiores culpados. A diretoria contrata técnico e elenco, sim, mas os principais culpados somos nós e precisamos ter essa consciência. Quando vai chegando fim de temporada, e eu tenho nove anos aqui no CT, acontecem coisas do futebol, com jogadores que não são relacionados e que já vão se preparando para não ficar no próximo ano. Não são dois grupos, mas tem essa diferença. Quem quer treinar forte e vai para o jogo não pode tirar o pé. Não dá, vai ficar feio, tem que ir em restaurante, levar o filho na escola... Acho difícil que aconteça.
Como viu as cobranças de Rodrigo Caio em cima disso?
Só vou jogar agora, então não tenho esse entendimento. Se eu tivesse jogado talvez tivesse outra opinião, mas assim não posso dizer nada. Foi um ano ruim, não tem outra palavra para definir. Vai ser G6 para a Libertadores e estamos fora, isso é muito ruim. Libertadores é o mínimo para um time grande.