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O reforço mais desejado: por que Tchê Tchê é homem de confiança de Cuca

Técnico e jogador começaram a construir uma relação de cumplicidade antes mesmo da chegada dele ao Palmeiras. Cuca foi fundamental para o acerto com o São Paulo

Cuca e Tchê Tchê
imagem cameraNos treinos do Palmeiras, era comum ver Cuca e Tchê Tchê conversando - FOTO: Cesar Greco
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 31/03/2019
12:06
Atualizado em 02/04/2019
14:09

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A final do Campeonato Paulista de 2016 mal havia acabado, com vitória do Santos sobre o Osasco Audax, quando o telefone de Tchê Tchê tocou. Do outro lado da linha estava Cuca, que fez um pedido ao reforço que o Palmeiras havia acabado de contratar: “Acelera, porque quero te usar no sábado que vem”.

Tchê Tchê acelerou. Na segunda-feira, dia seguinte à decisão, foi à festa da Federação Paulista para receber o prêmio de revelação do campeonato. Na terça, estava treinando em Atibaia, onde Cuca chegou a reunir o elenco para explicar as razões de dar tamanha importância àquele recém-chegado, que nunca havia jogado em time grande. No sábado, estreou já como titular e teve boa atuação na goleada por 4 a 0 contra o Atlético-PR, pela primeira rodada do Brasileirão. Dali para frente, jogador e treinador construíram uma relação de confiança e cumplicidade.

Quase três anos depois, Tchê Tchê encabeçou a lista de reforços que Cuca elaborou para o São Paulo. O volante estava no Dinamo de Kiev há menos de um ano e, apesar de não ter ido nem para o banco de reservas em boa parte dos jogos de 2019, não via problemas em continuar morando na Ucrânia com a esposa e o filho. Mas o telefone dele voltou a tocar, e não foi só uma vez. Cuca insistiu até que o convenceu do quanto ele será fundamental em seu planejamento para o Tricolor. E também convenceu a diretoria de que valeria a pena comprá-lo, já que o Dinamo não quis emprestá-lo.

Muito dessa confiança vem do trabalho de outro treinador: foi Fernando Diniz, no Audax, o responsável por fazer Tchê Tchê deixar de ser um meia-atacante para se tornar uma espécie de "todo-campista". Cuca se encantou com isso durante o Paulistão de 2016 e, no Palmeiras, o utilizou como lateral-direito, lateral-esquerdo, ponta e principalmente volante, ao lado de Moisés. Às vezes, mudava o jogador de posição mais de uma vez dentro de um mesmo jogo, o que fez dele uma peça-chave da equipe campeã brasileira em 2016. 

Eduardo Baptista tentou fixá-lo como meia em 2017, escalando-o de costas para o gol. Tchê Tchê admitiu em entrevista coletiva que não se sentia à vontade naquela posição e, um ano depois de chegar ao clube, acabou conhecendo o banco de reservas. Cuca voltou e o devolveu à equipe titular. Para elevar a moral do atleta, chegou a presentear-lhe com a braçadeira de capitão em uma partida contra a Chapecoense.

Em uma outra ocasião, Tchê Tchê foi parar no hospital com virose e não conseguiu viajar com o Palmeiras para um jogo contra o Bahia, em Salvador. Cuca esperou até o último instante para tê-lo à disposição e fez o Palmeiras mandá-lo sozinho para a Bahia na véspera da partida - debilitado, o jogador ficou no banco pela primeira vez sob o comando do técnico, que o havia escalado entre os 11 nas 49 vezes anteriores em que o teve à disposição, mas entrou no intervalo.

No São Paulo, Tchê Tchê foi contratado principalmente para jogar no meio de campo, como um segundo volante. É uma posição carente na equipe desde a saída de Thiago Mendes, em 2017. Ele chegou à capital nesta segunda e concluiu a negociação assinando contrato de quatro anos, com possibilidade de renovar por mais um dependendo de metas pré-estabelecidas. Tchê Tchê passará por exames médicos antes de se juntar ao grupo no CT da Barra Funda.

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