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Renovação com Banco Inter dá fôlego ao São Paulo, mas não deve mudar suspensão de salários

Clube pagou direitos de imagem de janeiro e fevereiro, antes pendentes, mas só 50% dos salários de março. Valor mensal do patrocínio passa longe de bancar a folha

Banco Inter
Banco Inter e São Paulo se acertaram nesta semana e renovaram contrato - FOTO: Divulgação

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A renovação do contrato de patrocínio máster com o Banco Inter, acertada na última semana, não deve mudar os planos da diretoria do São Paulo para o pagamento dos salários durante a paralisação dos campeonatos.

O clube já tem sofrido com a falta das receitas com bilheterias, cotas de transmissão de jogos e, desde a última semana, da Adidas. A fornecedora de material esportivo não vai deixar de pagar nenhum valor, mas postergou os repasses para quando a situação se normalizar. Pelo contrato com a empresa alemã, o valor recebido pelo Tricolor depende das vendas de produtos, já que está todo atrelado a royalties.

Embora boa parte do elenco não tenha aprovado a ideia, o clube decidiu suspender 50% dos salários e congelar os direitos de imagem durante o período de crise do coronavírus. No início de abril, os jogadores receberam os direitos de imagem de janeiro e fevereiro, que estavam pendentes, e 50% dos salários de março. Para quem ganha menos de R$ 100 mil, o piso estipulado é de R$ 50 mil mensais neste período. Quem recebe menos de R$ 50 mil não terá suspensão de valores na CLT. Todos os valores que ficarem pendentes serão pagos após a normalização do cenário, de forma parcelada.

A diretoria, que mantém conversas com os jogadores sobre este assunto desde que os campeonatos foram pausados, promete analisar a situação mês a mês para ver se consegue melhorar a situação. Neste momento, o grupo está em férias.

A ampliação da parceria com o Banco Inter até dezembro de 2020 foi recebida com muito alívio pelo clube, já que o vínculo se encerraria no fim do mês de abril e a ausência de mais esta receita tornaria a situação financeira ainda mais caótica. Mas o valor mensal pago pelo patrocinador passa bem longe de pagar a folha salarial do Tricolor, que está acima dos R$ 10 milhões.

Para se ter uma ideia, a estimativa era de que o Banco Inter estivesse pagando algo entre R$ 17 milhões e R$ 20 milhões anuais no contrato que estava vigente, já considerando o valor fixo e os bônus referentes ao número de contas abertas por torcedores. Agora, o valor dos pagamentos será reduzido no novo acordo, já que o Banco Inter abriu mão de estampar sua marca nas costas da camisa.

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