Rodrigo Caio aceita ‘profecia’ de Ceni para ser capitão e completa 150 jogos
Ao LANCE!, zagueiro de 22 anos conta como enfrentou a timidez dos primeiros passos no profissional para cobrar até mesmo os medalhões do São Paulo: 'Me sinto preparado'
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Encarar o Cruzeiro neste domingo, às 17h, no Mineirão fará Rodrigo Caio alcançar a marca de 150 partidas pelo São Paulo. Mas os planos do zagueiro de 22 anos vão muito além da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. O garoto criado em Cotia assegura estar pronto para escrever nova história a partir da próxima temporada no Tricolor.
– É um orgulho para quem sempre teve esse sonho de jogar profissionalmente pelo São Paulo. Fazer 150 jogos, um número expressivo, é algo que eu não imagivana que fosse acontecer tão novo. Me sinto muito feliz e vou procurar mostrar meu melhor todas as vezes em que entrar em campo pelo clube. Isso é o mais gratificante em uma carreira – vibrou o beque ao LANCE!.
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Rodrigo Caio tem sido apontado por Rogério Ceni como o próximo capitão da história do São Paulo. O Mito, que deixará os gramados em dezembro, é o recordista mundial de jogos como capitão e ocupa o posto desde 2000 no Morumbi. Por isso, as projeções ficam ainda mais pesadas.
– É uma responsabilidade muito grande, sei muito bem disso. Fiquei muito feliz com os elogios dele e procuro aprender com ele desde que cheguei no profissional, principalmente pela liderança e pela experiência. Caso em 2016 eu tenha essa oportunidade de ser o capitão, vou procurar dar meu melhor, mas acredito que uma equipe precisa ter vários capitães. Nosso elenco tem vários com esse perfil e eu sou um desses – destacou, antes de prosseguir:
- Sempre fui assim de cobrar, de orientar, porque também gosto de ser cobrado. Isso é essencial dentro dos jogos e até nos treinamentos. Isso faz com que você cresça e fique ligado. Desde a base sou assim, de chamar, orientar e, se precisar, até brigar. No final, todo mundo vai se abraçar se vencer. É importante alguém fazer isso no elenco, mas com respeito. A pessoa até pode reagir mal com a primeira cobrança, mas depois vai perceber que é o melhor para todos. Temos jogadores que fazem isso e ficamos felizes porque o grupo pode crescer ainda mais.
'Hoje eu me sinto mais preparado para chamar a atenção e para cobrar, mas sempre com respeito'
Para ganhar o respeito de Ceni, Rodrigo precisou se impor. E tal processo passou obrigatoriamente pela maneira de lidar com os medalhões do elenco. É comum, por exemplo, vê-lo discutindo e cobrando Luis Fabiano, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato por erros cometidos durante as partidas do Tricolor.
– No começo era diferente, porque não conhecia muita gente, era muito novo e ficava com receio de falar, chamar a atenção. A partir do momento em que vai jogando, você ganha o respeito de todos e fica mais fácil. Hoje me sinto mais preparado para chamar a atenção, para cobrar, mas sempre com respeito. Em muitas ocasiões a pessoa não entende, que estou tentando ajudar, mas o importante é no fim do jogo a gente se abraçar pela vitória – receitou.
Confira bate-papo exclusivo com Rodrigo Caio:
Já sofreu alguma reclamação por cobrar muito seus companheiros?
Em nenhum momento tive problemas com isso. Sempre que falei eles reagiram bem, concordaram e depois deixamos tudo certo no fim do jogo. O importante é querer vencer sempre e esse é meu objetivo em todo jogo, por isso busco o bem de todos.
Você citou que o elenco tem outros líderes. Quem são?
O Ganso, que em algumas partidas já foi, o Alan Kardec também tem essa liderança, o próprio Lucão, que foi muitas vezes capitão na base, e até o Thiago Mendes, que já foi capitão com o Osorio. Isso é muito importante para o grupo se fortalecer. Não pode existir uma palavra só dentro de campo. Todos precisam se comunicar, cobrar e elogiar dentro de campo para buscar o melhor para a equipe.
Imaginava completar 150 jogos tão cedo?
É muito legal ver que, desde que chegou da base, consegui conquistar meu espaço com empenho e dedicação. Fico muito feliz e vou procurar seguir com meu trabalho para que 2016 seja um ano muito bom para o clube, com títulos. Temos um elenco muito qualificado e temos certeza que bons jogadores chegarão para melhorar ainda mais.
Ainda pensa que a história poderia ter sido diferente com a venda ao Valencia (problemas no contrato melaram negócio de R$ 40 milhões em junho)?
Eu não me arrependo de nada, de nenhuma decisão minha. Muito pelo contrário, fiquei muito feliz de ter voltado. Claro que todo jogador sonha ir para a Europa e ser reconhecido, mas tenho certeza que, fazendo meu trabalho bem feito aqui no São Paulo, vou conseguir alcançar essa marca na carreira. Por enquanto, é uma alegria muito grande defender o São Paulo.
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