A Adidas, fornecedora de material esportivo do São Paulo, divulgou oficialmente na manhã desta sexta-feira (12) o novo segundo uniforme do clube do Morumbi, a tradicional listrada em vermelho, branco e preto. A peça já está à venda na internet a R$ 349, nas versões masculina e feminina.
Apesar do Tricolor não ter feito nenhum anúncio oficial, a estreia da nova camisa já deve acontecer neste domingo (14), no clássico contra o Corinthians, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro.
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Como é usual em lançamentos de camisas de clubes nos tempos atuais, imagens do uniforme foram vazadas nas redes sociais no início da semana. Até por conta disso, o anúncio gerou pouco impacto entre os torcedores.
A nova camisa reserva do São Paulo é baseada no template padrão da marca alemã usado nos uniformes da Copa do Mundo e traz as tradicionais listras verticais tricolores, desta vez, com uma faixa central vermelha. A novidade está nas mangas, que são pretas e lisas. As faixas laterais que se juntam na barra são vermelhas, enquanto as três listras nos ombros são brancas. A gola redonda e os punhos têm a cor vermelha.
Na nuca, um selo especial traz o escudo do clube junto da palavra 'Origens'. O novo manto ainda possui shorts preto com listras brancas nas laterais e o meião preto com detalhes em vermelho e branco.
A expectativa é que essa seja a última camisa desenhada pela Adidas para o São Paulo. Isso porque o contrato da multinacional alemã com o clube vai até o final do ano e há grande pressão interna para que não seja renovado. O LANCE! já revelou que o próprio Tricolor negocia com outras fornecedoras de material esportivo, como New Balance e Puma, entre outras.
PARTES VIVEM RELAÇÃO DE AMOR E ÓDIO
São Paulo e Adidas vivem relações extremamente tumultuadas nos bastidores. Primeiro, o Tricolor reclama da diferença de valores pagos e tratamentos dados a ele e o Flamengo. Há queixas de que até Atlético-MG e Internacional seriam melhores servidos pela marca.
Além disso, episódios recentes escancaram o que torcedores e dirigentes chamam de descaso.
Em dezembro do ano passado, o capítulo de desacordos entre as partes ganhou mais um capítulo, com os uniformes do clube usados na pré-temporada ainda exibindo a marca da Roku, fabricante de players de mídia on-line, cujo acordo venceu há três meses e não foi renovado.
A promessa era de que a situação deveria mudar no fim de janeiro, quando, enfim, o clube lançaria antecipadamente parte da sua nova coleção. Até agora, contudo, não houve fornecimento de novas camisas.
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Em setembro do ano passado, o clube se viu refém da marca esportiva e taxou como 'descaso' o fato da terceira camisa são-paulina, que faz alusão ao agasalho usado pelo elenco campeão mundial de 1992, ter sumido das lojas após esgotado o primeiro lote.
Lançada em agosto, a peça esgotou em um fim de semana. E a reposição do lote de 3 mil unidades, prometida pelo Tricolor à torcida na ocasião em até 15 dias, demorou quase dois meses. Depois de arrecadar quase R$ 1 milhão no fim de semana de lançamento da camisa, a previsão do marketing são-paulino é que o clube deixou de arrecadar mais R$ 6 milhões com a peça por causa das listas de espera de clientes feitas por lojas.
No início de 2022, a rescisão chegou a ser estudada pelo jurídico tricolor, mas os valores da multa impediram o avanço do planejamento. O contrato entre as partes vai até o fim do ano que vem. A desavença é tamanha que o técnico Rogério Ceni entrou no 'fogo cruzado' ao usar roupas da Under Armour, antiga fornecedora são-paulina, no jogo contra o Juventude, em abril daquele ano, pela Copa do Brasil.
A última faísca ocorreu em março, quando torcedores, sócios e conselheiros reclamaram publicamente da Adidas ter ignorado o São Paulo em uma campanha que lançou uniformes inspirados em peças desenhadas nos anos 1990. O clube do Morumbi não apareceu no post que anuncia a coleção nas redes sociais, em que modelos vestem a camisa dos principais clubes e seleções atendidos pela multinacional alemã. E também não foi contemplado com uma camisa na coleção.
Entre selecionados e equipes europeias, somente três sul-americanos aparecem na campanha: Flamengo e a dupla argentina River Plate e Boca Juniors. Único tricampeão mundial do futebol brasileiro, o São Paulo foi completamente ignorado.
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