Símbolo da revolta, MC recupera camisa do São Paulo arremessada: ‘Vai virar amuleto’
De Santos, Rodriguinho do Marapé ganhou a internet com ato de raiva após vitória do Palmeiras nos acréscimos em pleno Morumbi e promete guardar sobras de manto
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Se não é tão conhecido pela música que produz, o funkeiro MC Rodriguinho do Marapé, de Santos (SP), ganhou fama até internacional na última segunda-feira (20). Ele foi flagrado pelas câmeras de TV arremessando a camisa do São Paulo em direção ao gramado do Morumbi após a derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, de virada, já nos acréscimos, pelo Campeonato Brasileiro.
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O ato de revolta com o resultado vexatório do Tricolor ganhou a internet. Memes de redes sociais, figurinhas de aplicativos de conversa... O gesto de Rodriguinho circulou por todo mundo e foi considerado o ato símbolo definitivo dos são-paulinos com o desempenho da equipe de Rogério Ceni.
- Foi um ato espontâneo, demonstrando toda a minha indignação com a situação que o time chegou, com a covardia que o time apresentou no segundo tempo. O Rogério deixou o Calleri isolado. Aí quando o Palmeiras estava pressionando ele coloca mais um zagueiro. Clássico se perde jogando para frente, mas nunca recuando - disse ele, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O funkeiro conta que a camisa - vítima sincera do ódio proporcionado pela equipe - foi um presente dado por um amigo DJ em 2016, antes de uma partida de Copa Libertadores.
O amigo, aliás, foi o mesmo que o acompanhava na segunda-feira (20) e tão logo viu o manto cair esfalecido no gramado do Morumbi pediu para que seguranças devolvessem. De novo em posse da antiga companheira de arquibancada, Rodriguinho diz que a guardará como forma de 'amuleto'.
- Eu arremessei a camisa no gramado sagrado do Morumbi, o estafe pegou e me devolveu. A camisa está comigo, vai ser meu amuleto daqui para frente e nunca mais sai de perto de mim. Essa camisa é da Libertadores de 2016, para você ver o quanto ela já sofreu comigo.
APOIO E XINGAMENTOS
Diante da repercussão, o funkeiro diz que muitos torcedores entenderam o ato simbólico da atitude. Mas engana-se quem pensa que foi a primeira vez que ele agiu dessa maneira em situações de descontrole.
- Tem bastante gente me xingando, mas a grande maioria está me apoiando, dizendo que se sentiu representado. Em nenhum momento eu quis desrespeitar o clube, pelo contrário, o clube que vem desrespeitando o torcedor. Aquilo foi um ato espontâneo. Eu tenho uma reação sempre parecida, procuro algo para extravasar. Já perdi várias camisas, não do São Paulo. Já fiz isso no meu quarto. Foi um ato de amor movido pelo ódio.
Em suas próprias redes sociais, Rodriguinho mostra que o amor pelo Tricolor é maior que o medo de ameaças, que obviamente vieram com o flagra televisivo. Em uma postagem, disse que estará de novo no Morumbi nesta quinta e não admite 'ser cobrado' pelo episódio.
- Vou continuar indo, jamais vou ficar intimidado. Se vier algo ríspido, não vai me intimidar. Eu amo o São Paulo e sempre estarei lá quando conseguir. Meu coração é um escudo de cinco pontas.
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