‘São Paulo B’ tem atuação apática e nenhum grande destaque em derrota
Com um time repleto de garotos formados em Cotia, Tricolor foi pouco incisivo em Ribeirão Preto e perdeu para o Botafogo-SP, que tinha só uma vitória no torneio
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O desempenho do São Paulo na derrota por 1 a 0 para o Botafogo-SP, neste domingo, em Ribeirão Preto, pode ser simbolizado por Shaylon. O meia de 22 anos teve sua primeira oportunidade na temporada e mostrou que tem lá suas qualidades técnicas, tanto que criou uma das poucas chances do time com uma pancada no travessão no primeiro tempo, mas foi menos intenso do que deveria. No lance do gol de Didi, por exemplo, marcou de maneira frouxa na bola parada e foi facilmente superado pelo alto. No fim, com câimbras, mal conseguia se manter em pé.
Este foi o São Paulo, escalado com reservas para que os titulares estejam bem na "decisão" de quarta-feira contra a LDU (ECU), pela Libertadores: mais talentoso que o adversário, a ponto de dominar a posse de bola em boa parte do jogo, mas pouquíssimo intenso e com diversos jogadores pregados fisicamente na parte final do segundo tempo.
O time "made in Cotia" do São Paulo (dos titulares, só Volpi, Anderson Martins e Everton não foram formados na base) dessa vez deixou uma impressão ruim, bem diferente daquela da última rodada do Brasileirão de 2019, contra o CSA. Se a ideia de Fernando Diniz era observar os atletas pouco utilizados, o saldo foi bem negativo. Ninguém se destacou.
Everton mostrou que pode quebrar um galho na lateral esquerda até sair com dores na panturrilha direita, mas nada excepcional. Toró, que atuou aberto por aquele lado, correu sem parar, foi bastante participativo e mandou uma bola na trave nos acréscimos, mas teve sérios problemas para dominar e conduzir a bola no gramado do Santa Cruz.
Diego, improvisado na lateral direita, não foi bem. Praticamente não subiu e deixou espaço em suas costas. Fabinho, que estava por aquele lado, quase não foi acionado e, quando foi, mandou para muito longe um chute da entrada da área. Rodrigo Nestor, o único dos titulares que nunca havia sequer jogado entre os profissionais, talvez tenha deixado a melhor das impressões, embora não tenha sido decisivo em lances mais agudos - ele ganhou a chance graças a uma indisposição de Hernanes, que iniciaria jogando.
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O lateral-esquerdo Welington e o zagueiro Fasson entraram no segundo tempo e fizeram suas estreias na equipe principal. Tréllez também ganhou uma oportunidade, a primeira em 2020. Nenhum deles foi muito notado, já que o desempenho da equipe na etapa final foi especialmente apático.
Fernando Diniz até poderia ter escalado laterais de ofício, já que tinha Sena e Welington no banco, mas preferiu não "furar a fila", priorizando os atletas que treinam no grupo principal diariamente. O mesmo vale para os atacantes Maia e Galeano, destaques da Copinha e queridos pela torcida, que até poderiam ter entrado se não fossem as trocas forçadas por questões físicas (Diego e Everton).
Em termos de classificação, essa partida não valia mesmo muita coisa: o São Paulo segue na liderança de seu grupo a três rodadas do fim, com seis pontos de vantagem para o Ituano, terceiro colocado. A questão é que uma vitória aproximaria a equipe da liderança geral, o que faz diferença na hora de definir os mandos dos mata-matas: Ituano (19 pontos) e Palmeiras (18) seguem à frente do Tricolor (15).
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