Atletas diabéticos: cuidados e recomendações
A recomendação da Sociedade Brasileira de Diabetes é de que adultos portadores da doença realizem, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos semanalmente<br>
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Indivíduos com diabetes podem e devem praticar esportes. A prática auxilia na diminuição da glicemia, além de oferecer vários benefícios à saúde, a exemplo do controle de peso, da pressão arterial, do colesterol, ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares e complicações do diabetes tipo 1. Outro ganho da prática regular de atividade física é a melhora do aproveitamento da glicose pelos grupos musculares, ou seja, melhora a sensibilidade à insulina, o que faz com que a entrada de glicose nas células seja facilitada, processo fundamental para quem convive com diabetes tipo 2.
A prática de exercícios físicos deve ser considerada parte do tratamento do diabetes, associada a uma alimentação adequada e ao uso de medicamentos que contribuem para manter a glicemia sob controle, quando necessário. A recomendação da Sociedade Brasileira de Diabetes é de que adultos portadores da doença realizem, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos semanalmente, e o ideal é que sejam aeróbicos como a corrida, caminhada, ciclismo e natação, já que esses exercícios movimentam grandes musculaturas e o aproveitamento da glicose corporal é maior, auxiliando na redução de gordura visceral.
Mas atenção, de acordo com a nutricionista Mariana Sampaio Andreo, para que a prática seja realmente benéfica é preciso ter acompanhamento médico e individualizado. É necessário entender qual o tipo de diabetes, idade do indivíduo, condição médica, composição muscular e qual modalidade será praticada.
“É fundamental fazer avaliações e exames específicos, verificar glicemia no momento de iniciar o esporte, contar com suporte de um profissional de educação física para considerar a atividade a ser realizada, duração, gasto energético e intensidade. Os atletas devem tomar muito cuidado com atividades mais intensas, pois podem gerar um aumento de estresse no corpo e consequentemente aumentar os níveis glicêmicos, sem contar que horas depois do treino, o músculo continua consumindo glicose, o que pode gerar um quadro de hipoglicemia. Por isso, a importância de um acompanhamento com nutricionista para orientações e alimentação adequada conforme o esporte praticado”, alerta a nutricionista na Flormel, empresa brasileira de doces saudáveis.
Pré-treino
Como pré-treino, a profissional sugere escolher uma preparação com consistência leve para evitar desconfortos, líquida para manter a hidratação e adequação na quantidade de carboidratos para manter a glicemia, e maximizar os estoques de glicogênio.
“É de extrema importância também que a refeição faça parte do hábito alimentar do atleta. Deve-se evitar antes do treino, carboidratos de alto índice glicêmico que são aqueles que se transformam em açúcar no organismo rapidamente e, em consequência disso, acabam sendo estocados na forma de gordura como massas, arroz branco, açúcar, biscoitos doces recheados, entre outros. Esses carboidratos devem ser então, de médio a baixo índice glicêmico, como uma banana com aveia, batata doce e frango, mandioca e carne moída, salada de fruta com granola sem açúcar. Os produtos que desenvolvemos na Flormel certificados pela Associação Nacional de Atenção ao Diabético (Anad), também são uma boa alternativa, como a cocada, bananada cremosa, goiabada, paçoca que são sem adição de açúcares, em porções individuais, práticos e versáteis”, ressalta.
Pós-treino
Já para o pós-treino, Mariana lembra que o objetivo do atleta é melhorar a recuperação e preparação dos músculos, e o ideal é associar o consumo de carboidrato, proteína, vitaminas e minerais.
“Arroz integral, feijão, carnes magras, crepiocas recheado com atum, ou até mesmo uma omelete com vegetais são ótimas opções. Lembrando que é recomendado sempre consultar o médico ou nutricionista para a orientação mais adequada para as necessidades do paciente. Também é de extrema importância focar na regularidade, incluir uma sequência de exercícios no dia a dia e manter uma comunicação entre médico, treinador e nutricionista para um melhor monitoramento, elaboração de estratégias e promoção da saúde aos atletas diabéticos”, finaliza a nutricionista.
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