Argentina foi responsável por três das cinco derrotas de Tite pelo Brasil, mas treinador minimiza números
Treinador da Seleção Brasileira ressaltou retrospecto equilibrado contra os argentinos e destacou importância mental no duelo desta terça-feira (17), em San Juan
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A vitória por 1 a 0 contra a Colômbia, na última quinta-feira (11), que colocou o Brasil na Copa do Mundo do Qatar, foi a de número 50 do técnico Tite a frente da Seleção Brasileira. Contudo, o compromisso seguinte, que será nesta terça-feira (16), será diante da Argentina, verdadeira pedra no sapado do treinador à frente da Canarinho.
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São 80,6% de aproveitamento de Tite na Seleção Brasileira, com apenas cinco derrotas, porém três delas são contra os argentinos, o que representa 60% dos reveses brasileiros com o seu atual treinador.
Contudo, o técnico do Brasil prefere ver o copo meio cheio e destaca o equilíbrio do clássico, no qual possui a mesma quantidade de vitórias e derrotas.
- Estatísticas são três derrotas e três vitórias. Então, ela tem um histórico o quanto é grande Brasil e Argentina, historicamente nos números também – respondeu Tite.
Olhando para jogos de Eliminatórias, o duelo desta terça-feira (16) será apenas o segundo entre Brasil e Argentina na 'Era Tite'. O único até aqui aconteceu no dia 10 de novembro de 2016, pela 11ª rodada do classificatório para a Copa de 2018, na Rússia, e a Seleção Canarinho venceu os 'hermanos' por 3 a 0, no Mineirão.
Já o confronto válido pela sexta rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Qatar, em 2022, que aconteceria no dia 5 de setembro, acabou sendo suspenso após cinco minutos de partidas, após ação de agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Polícia Federal, por conta de quatro atletas argentinos que jogavam no futebol inglês descumprirem os protocolos de entrada no Brasil e mentirem no formulário de ingresso ao país. O duelo ainda não tem data para ser reiniciado.
- É difícil dimensionar isso tudo. Não sei qual óptica a Argentina ter encarado isso tudo. A minha é de lamentação pelo jogo não ter acontecido, mas com a devida compreensão do porquê ele não houve, tenho isso muito claro que antes do futebol existe saúde, leis e correção. Como se encara essa situação é bastante particular, própria e pessoal - disse Tite em relação aos transtornos no último jogo.
Em competições oficiais foram três encontros entre Brasil e Argentina, com duas vitórias brasileiras e uma dos argentinos, esta justamente na final da Copa América, no estádio do Maracanã, no último dia 10 de julho. As outras três partidas foram amistosas, aí com duas vitórias dos 'hermanos' e apenas uma da Seleção Canarinho.
Bom momento da Argentina
Além do ambiente gerado pela partida que não aconteceu em setembro e a vitória dos argentinos sobre os brasileiros na Copa América outros dois fatores agregam ainda mais o peso do clássico desta terça-feira (16): a possibilidade de confirmação da classificação da Argentina a Copa do Mundo caso vença e a sequência de 26 jogos sem perder dos 'hermanos'.
Tite, no entanto, evitou analisar com profundida o seu próximo adversário.
- Eu tê tentando me remeter a óptica deles, eu não sei todos os desempenhos que tiveram nos jogos. O resultado sim, mas o jogo do desempenho eu não tenho essa sequência, e isso não me permite fazer uma análise mais profunda - disse o treinador.
- Pode se afirmar seguramente com essa campanha que é um grande momento (da Argentina), acompanhando vocês da imprensa, mas sem a devida profundidade de análise de desempenho que tenho da Argentina, exceção do último jogo que assisti, contra o Uruguai - acrescentou.
A última derrota da Argentina foi justamente diante do Brasil, na semifinal da Copa América de 2019, no estádio do Mineirão, no dia 2 de julho daquele ano. Desde então, as duas seleções se cruzaram outras duas vezes, ambas com vitórias dos argentinos, uma em amistoso e outra na decisão da Copa América de 2021.
- Os números não mentem, essa invencibilidade requer respeito e nem todos os confrontos Argentina conseguiu controlar e dominar como é natural nós também não. Considero um grande momento da Argentina, assim como o nosso. Uma campanha que até então o Brasil não havia conseguido nas Eliminatórias. Elementos sólidos para um grande ogo, Começamos o nosso trabalho aqui, para identificar essas forças, encontrar e transformar alguns espaços de fraqueza e aproveitá-los. Jogo mental, tático e qualidade técnica é de fundamental importância, junto com esse equilíbrio, forças iguais, 50 a 50 (%), e a gente vai bem confiante junto a esse trabalho todo - ressaltou César Samapaio, auxiliar-técnico da Seleção Brasileira.
Diante de todo o cenário, para Tite um bom desempenho e consequente vitória do Brasil sobre a Argentina passa pela qualidade técnica dos atletas, mas também pela inteligência mental em San Juan.
- Durante a pergunta eu estava me remetendo a história, livros, declarações, profissionais e lembrei de Parreira, quando ele fala que um jogo de futebol é fundamentalmente a qualidade técnica dos seus atletas. E aí eu acrescento, ele é a qualidade técnica, mas mental também. O nosso corpo responde a nossa cabeça. Essa sintonia que tem entre qualificação, capacidade mental, essa coragem nos enfrentamentos, elas se equilibram no que pode decidir o jogo - afirmou o técnico.
O Brasil encerrou na manhã desta segunda-feira (15) a preparação para encarar a Argentina e na parte da tarde embarca para San Juan, local da partida.
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