Auxiliar de Tite projeta Seleção mais preparada do que na Copa de 2018: ‘Analisamos os erros e acertos’
Em podcast, Cléber Xavier fala sobre a relação com o treinador e sobre os preparativos para a Copa do Mundo
Braço direito de Tite, Cléber Xavier concedeu entrevista ao podcast 'WiB&Cast' e falou sobre a preparação para a Copa do Mundo do Qatar. O auxiliar da Seleção destacou que a equipe chega para a edição de 2022 muito mais preparada do que na Rússia, em 2018, quando a equipe de Tite caiu nas quartas de final para a Bélgica.
Juntos, Cleber e Tite conquistaram todos os títulos possíveis no futebol, como Estadual (4x), Brasileiro (2x), Copa do Brasil, Copa Sul-Americana, Libertadores, Mundial de Clubes, Recopa Sul-Americana, Copa América... Mas, perguntado sobre qual seria seu grande sonho no futebol, a resposta foi rápida, óbvia e direta:
- Ser campeão do mundo com a Seleção Brasileira, sem dúvida. Só falta esse título para coroar esse nosso trabalho. Já fomos a uma Copa, analisamos os erros e os acertos e chegaremos ao Catar muito mais preparados. Temos uma equipe muito dedicada, que faz questão de estar junta todos os dias na CBF - comentou Cleber.
A parceria de 22 anos com Tite foi um dos assuntos debatidos na entrevista concedida ao trio formado por Hellen Telles, Renata Aron e Denise Liporaci. Cleber Xavier, gaúcho de Alegrete (RS), iniciou no futebol como estagiário no Internacional, em 1988. E lá trabalhou por oito anos, quando já era técnico dos juvenis. Mas foi no rival Grêmio, em 2001, que os dois se encontraram. Cleber já estava no clube há seis anos quando aquele jovem treinador, campeão gaúcho com o Caxias no ano anterior, foi contratado para assumir o Tricolor.
- Eu já era treinador dos juniores no Grêmio quando o Tite foi contratado. A diretoria queria um auxiliar da casa para trabalhar com ele, e eu fui o escolhido. Iniciava ali uma longa parceria que já dura 22 anos. Passamos depois por São Caetano, Atlético-MG, Palmeiras, duas vezes nos Emirados, Internacional, Corinthians e seleção brasileira. E acho que deu certo porque temos jeito e personalidade diferentes. O interessante é que nossa permanência nos clubes e na Seleção sempre foi muito longa, visto que o grande problema do futebol brasileiro é a falta de continuidade do treinador, o que é difícil para desenvolver um trabalho. Já completamos seis anos de seleção, que já é a maior sequência de um treinador em toda a história - disse Cleber.
Apaixonado por livros, séries, música e shows, ele aproveitou para deixar um recado ao torcedor brasileiro, em contagem regressiva a menos de três meses para a Copa do Mundo:
- O que posso dizer é que trabalhamos com paixão e dedicação total. Todos que estão diariamente na CBF, cada funcionário e integrante da comissão, além de todos os convocados, têm um prazer imenso de estar com a seleção e querem demais essa conquista. É muito importante para cada jogador convocado. Do Dani, que é o nosso capitão, um cara multicampeão, aos mais novos, que têm a mesma gana. Quero falar para todos que têm simpatia e que gostam da seleção brasileira, e amam esse país, que a gente vem se entregando demais para buscar esse objetivo maior, com alma e coração - disse.