Fã de Dida e Marcos, novo goleiro da Seleção gera risos em apresentação
Weverton se juntou ao elenco brasileiro na manhã desta segunda-feira e mostrou bom humor em entrevista: 'Até outro dia chutava bola com Nikão, agora será com o Neymar'
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Convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, o goleiro Weverton se juntou ao elenco olímpico na manhã desta segunda-feira, em Brasília, cheio de bom humor. Em entrevista coletiva de apresentação, ele contou sua trajetória, fez brincadeiras e arrancou risos dos jornalistas.
Nascido no Acre, ele comentou as dificuldades enfrentadas no começo da carreira e também revelou os seus ídolos no futebol:
- Sempre me espelhei no Marcos. Ele e o Dida foram grandes goleiros, fizeram história nos seus clubes e no futebol [...] Eu admirava eles como pessoa também, não só como jogador, o torcedor brasileiro os adorava - comentou o novo camisa 1 da Seleção olímpica, que ainda citou Rogério Ceni como uma referência em goleiro com qualidade com os pés.
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O momento de maior descontração foi quando o goleiro do Atlético-PR foi indagado sobre a oportunidade de atuar ao lado de grandes atletas, em especial o craque Neymar. Foi então que ele brincou com seus companheiros de Furacão e disparou:
- Estava até brincando. Até outro dia eu estava chutando bola para o Marcos Guilherme, Nikão, agora vou chutar para o Neymar (risos). Mas eles sabem que são grandes jogadores do Brasil e do futebol mundial. Brincadeiras à parte, eles deram trabalho para mim e agora será bom jogar com eles - disse o jogador.
- Confira abaixo os principais trechos da entrevista de Weverton:
COMO RECEBEU A NOTÍCIA
Eu estava dentro do avião, desembarcando em Curitiba, tinha jogado em Recife no sábado. O telefone tocou e eu queria que o pessoal saísse do avião para respirar. Recebi o cumprimento de todos, fiquei feliz. Mandei mensagem no grupo da família e disse: prepara um banquete que hoje tem festa. Falei com os que estão sempre do meu lado, nos momentos bons e ruins.
O QUE ESPERA?
Não espero outra coisa além de trabalhos intensos. Todo mundo sabe do nosso objetivo, responsabilidade que todos têm. Pelo que vi, o estilo do Micale é muito parecido com o que faço no Atlético-PR, com o Paulo Autuori. O goleiro participa mais do jogo, não fica só no gol. Para mim isso é tranquilo, é uma coisa natural, já venho fazendo.
SUBSTITUIR PRASS
A gente sabe a importância que o Prass tinha para a Seleção, a gente lamenta, mas cada um tem que fazer sua história. A Seleção está aí, o grupo tem a oportunidade de conseguir algo inédito. Todo mundo tem responsabilidade e é a solução para resolver esse "problema", que é conquistar a medalha de ouro.
SELEÇÃO PRINCIPAL
Tem que ser feita uma coisa de cada vez, o que tiver que acontecer será na olímpica agora. Da mesma forma que cheguei naturalmente aqui, tem que ser naturalmente para chegar na principal. Quero fazer meu melhor aqui e conquistar a medalha.
PREPARAÇÃO
Jogo não é problema, participei de 17 rodadas do Brasileiro. Estou mais em fase de recuperação do que de trabalho forte. Me sinto tranquilo, preparado. Se o Micale quiser me usar, estou à disposição.
PONTOS FORTES
Sou capitão do meu time, tenho essa história dentro do meu clube. Ano passado fui o goleiro que mais pegou pênalti no Brasileiro. E jogar com os pés é parte do futebol hoje em dia, quem não souber, vai ficar para trás. O Paulo Autuori vem pedindo isso, vinho fazendo. Não vejo problema em jogar com os pés.
POUCO TEMPO DE PREPARAÇÃO
Com conversa, ter esse diálogo, saber a característica dos laterais e zagueiros, como gosta de jogar, de posicionar... A gente vai sempre estar junto no almoço, café, treinos, teremos tempo para tirar essas dúvidas e estar afinado nos jogos para alcançar os objetivos.
DIFICULDADES PARA QUEM É DO NORTE
A gente corre mais na subida. Quem está no centro, corre na reta. Nós, do Norte, temos que provar mais, mostrar ser mais capaz que os demais... Mas isso já foi superado, agora mais uma vez vou ter que provar e mostrar que confiança que o Micale está dando vai valer a pena.
CONVOCADO JOGANDO NO ATLÉTICO-PR
Esse paradigma vem daí mesmo, de achar que só Rio e São Paulo tem grandes jogadores e jogadores de lá têm que ser convocados. No Sul já tinha o Alisson, Marcelo Grohe... É importante ter sempre alguém fora do eixo, até para motivar os demais e saber que a Seleção hoje não é quem está em clube melhor, mas quem está em momento melhor. A oportunidade será dada a todos.
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