Diniz fala sobre ‘sementinha de Tite’ e revela que nunca fez planos para dirigir a Seleção Brasileira
Técnico tem contrato com a CBF até o ano que vem, e a expectativa da entidade é a chegada do italiano Carlo Ancelotti em 2024
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Treinador da Seleção Brasileira, com contrato até o ano que vem, o técnico Fernando Diniz nunca fez planos para dirigir a Amarelinha. De toda forma, o profissional vai comandar o Brasil pelo segundo jogo nesta terça-feira (12). A Canarinho visita o Peru, no estádio Nacional, em Lima, pela segunda rodada da eliminatória para a Copa do Mundo de 2026. O compromisso será o primeiro do técnico no exterior pela Canarinho.
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Diniz não tem contrato durante todo o ciclo até o Mundial, e a expectativa da alta cúpula da CBF, em especial o presidente Ednaldo Rodrigues, acredita em um acordo verbal com Ancelotti, fruto de um encontro com representantes do treinador do Real Madrid, da Espanha, durante viagem na Europa, em junho. Tanto que Fernando acumula sua função na Seleção com o trabalho à frente do Fluminense, que já dura um ano e quatro meses.
- Eu sou muito focado no que faço, naquilo que estou fazendo, me entrego assim. A seleção estava dentro de mim quando eu estava no Votoraty, no Fluminense, em todos os clubes que trabalhei na minha vida. É um momento orgânico. Não fiz um plano de carreira para estar aqui na seleção. É uma experiência com muito esforço. Aconteceu com naturalidade - disse Fernando na última entrevista coletiva antes do duelo contra os peruanos.
Com pouco tempo de trabalho, Diniz já tem criado uma relação próxima com os jogadores da Amarelinha.
- É um pouco parecido de quando chega em um novo time, não tem muita diferença. Jogador é similar, do Fluminense, São Paulo e seleção, têm coisas em comum. Tento me aproximar, criar vínculos rapidamente. Acho que isso a gente está conseguindo. Uma das coisas que está em uma velocidade boa é o estabelecimento de boas relações humanas com os jogadores. Somado a isso, vamos implementando aos poucos a parte tática que a gente deseja - exalta o técnico.
A bola relação interna no grupo brasileiro também é colocada na conta do antecessor no comando da equipe. Tite, que dirigiu o Brasil nas duas últimas Copas, sempre teve no trabalho em grupo uma das suas características mais marcantes. O zagueiro Marquinhos, que é um dos líderes da seleção, e remanescente do último Mundial, destaca que essa seja uma ‘sementinha’ do ex-treinador no trabalho do atual.
- Peguei um time muito bem estruturado, tanto na parte tática, quanto na base relacional também. Os jogadores se dão bem e colocamos alguns jogadores. Euforia é normal do ser humano, jogamos muito bem, mas já passou e é pé no chão, outro jogo. Certa rivalidade, time tradicional, decisão de Copa América. Temos que pensar apenas em dar nosso melhor - destaca Diniz.
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TIME CONTRA O PERU
Fernando Diniz confirmou durante a entrevista que repetirá contra o Peru a escalação inicial que colocou na sua estreia, contra a Bolívia, na sexta-feira (9). O jogo também marcou a primeira partida do Brasil comandado por Fernando e terminou com goleada brasileira por 5 a 1.
- Tem a ver com as duas coisas. Gostei bastante, os jogadores vão ganhando mais entrosamento. A tendência é de manutenção da equipe - apontou Fernando Diniz, que disse que o elenco está preparado para qualquer cenário que a partida se desenhar.
- A equipe está preparada para todos os cenários, joga de maneiras distintas. Conhecemos bem o Guerrero, capitão, e sabemos das qualidades ofensivas e defensivas do Peru. Estamos preparados para todos os cenários.
Mas nem tudo são flores. Contra a Bolívia, a Seleção Brasileira chegou ao sexto jogo sem sofrer gols. Marquinhos, na entrevista coletiva que aconteceu antes do treinamento desta segunda-feira (11), isentou Fernando Diniz da responsabilidade do lance que gerou o gol boliviano. O técnico ficou surpreso com a estatística negativa, mas reforçou a importância de ter um padrão defensivo forte para não sofrer gols.
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- Essa estatística eu não sabia, a gente faz de tudo para não tomar gol. A gente se defendeu muito bem, demos poucas chances para a Bolívia e levamos gols. Sofremos um pouco. Esperamos dar um padrão muito bom defensivo para não levar gol - disse Diniz.
A última vez que o Brasil deixou de ser vazado em uma partida foi na segunda rodada da Copa do Mundo, disputada no fim do ano passado. Na ocasião, a seleção, que vinha de uma derrota por 2 a 0 para a Sérvia, na estreia, bateu a Suíça por 1 a 0, gol marcado por Casemiro.
Depois disso, a Amarelinha perdeu para Camarões, por 1 a 0, no fechamento da fase de grupos. Nas oitavas de final do Mundial, venceu a Coreia do Sul, por 4 a 1. Já nas quartas, empatou em 1 a 1 com a Croácia e foi eliminada nos pênaltis. Neste ano, foram três amistosos disputados, todos sob o comando interino de Ramon Mendez, que dirige as seleções de base. O retrospecto foi de duas derrotas (2 a 1 para o Marrocos, e 4 a 2 para Senegal) e uma vitória (de 4 a 1 para Guiné.
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