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Diniz sente falta de agressividade na Seleção, mas assume culpa: ‘Responsabilidade é minha’

Técnico diagnosticou problema na articulação, mas evitou apontar jogadores como culpados

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imagem cameraFernando Diniz não gostou da atuação do Brasil, mas assumiu a culpa (Foto: Vitor Silva/CBF)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 18/10/2023
00:23
Atualizado em 18/10/2023
06:20

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O Brasil foi derrotado por 2 a 0 pelo Uruguai, nesta terça-feira (17), em Montevidéu, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A atuação brasileira foi tão ruim, que a primeira finalização foi somente aos 15 minutos do segundo tempo. O desempenho obviamente não agradou Fernando Diniz, que diagnosticou uma falta de agressividade no time, mas assumiu a culpa pelo que se viu em campo.

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Assim como a impressão geral da torcida e dos analistas, Diniz entende que houve um certo problema na articulação da equipe, antes mesmo de perder Neymar, por lesão, no fim do primeiro tempo. Dessa forma, ele também não crê que a questão tenha sido sua opção por colocar mais um atacante e não um meia.

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- Primeiro tempo fomos ligeiramente melhor. Time todo não foi bem na criação. Jogo amarrado, estudado e faltou articulação, porque o time não soube construir. O principal responsável foi eu mesmo. Neymar saiu no fim do primeiro tempo e em nenhum momento tivemos articulação. O time não esteve bem na parte de articulação, Uruguai pouco criou. Jogo amarrado.

- Tomamos dois gols de falhas que não podemos cometer. Arremesso lateral no nosso campo. Não foi um grande jogo do Brasil e o responsável maior por isso sou eu mesmo, não é um jogador ou outro.

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Além da articulação, que não funcionou, Diniz sentiu falta de mais agressividade por parte da Seleção Brasileira. Para ele, porém, isso não está relacionado com o curto tempo de adaptação dos jogadores às ideias, mas sim algo comum no processo de suas equipes.

- A gente tinha que ser mais agressivo no primeiro tempo, ter mais contundência, variar mais o jogo curto e longo. Essa sensibilidade a gente vai adquirindo com tempo, trabalho e com as características dos jogos que vão acontecendo. Adversário exigia mais da gente do que a gente produziu. Não acho que as ideias não estão sendo implementadas com o tempo. Nenhum trabalho que fiz aconteceu de maneira linear. São momentos importantes para aprender e melhorar para na próxima ocasião ter o time mais acertado e nos próximos jogos saber melhor o que fazer.

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Diniz apontou o que achou de errado na atuação da Seleção Brasileira (Foto: Pablo PORCIUNCULA / AFP)

- Os jogadores treinaram muito melhor do que conseguiram jogar hoje. Falha grande na criação o principal responsável é o treinador. Faltou aquilo que a gente treinou e teve como ideia ter mais agressividade e criatividade para fazer um jogo melhor do que foi feito - concluiu.

A Seleção Brasileira, que caiu para a terceira posição nas Eliminatórias, volta a se reunir em novembro, quando enfrenta a Colômbia, em Barranquilla, no dia 16, e a Argentina, no Maracanã, no dia 21.

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Confira as outras respostas de Diniz na coletiva:

Análise do jogo

A gente, de fato, tem a melhor matéria prima à disposição. Hoje a gente não teve a agressividade necessária no primeiro tempo. O Uruguai tentou marcar em um bloco médio-alto e tirar a nossa posse. A gente teve o controle do jogo, mas sempre em profundidade. Faltou arriscar mais, ser mais agressivo. No segundo tempo a gente melhorou um pouco. A marcação de linha alta e média foi boa, a gente não ofereceu quase nada para o Uruguai.

Impacto da derrota no curto prazo

Impacto que ela já está provocando desde já. Vivo futebol 24 horas por dia. Vou estudar o jogo com profundidade para a gente melhorar. Tem coisas mais fáceis de enxergar, que eu já vi durante o jogo. Algumas vamos analisar para fazer. Não tem nada para achar algo negativo, agressivo. Faz parte do processo. Fizemos uma partida ruim, mas é assim que a gente vai melhorar. Nessas horas, os bons times e boas pessoas melhoram mais na descida. Temos que saber sofrer e melhorar nesses momentos.

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Diniz acredita que faltou agressividade para a Seleção Brasileira (Foto: Pablo PORCIUNCULA / AFP)

Implementar ideia com pouco tempo

Acredito que é possível, os jogadores estão abertos. O que aconteceu hoje é uma oportunidade muito rica para a gente aprender com o que aconteceu. Isso já aconteceu com os times que estou trabalhando. O Fluminense contra o São Paulo, no Morumbi, aconteceu algo semelhante. Não é algo que não vai acontecer com os times que estou trabalhando há mais tempo. O jogo teve características diferentes. Uruguai em casa dificilmente vai ter partida com somente cinco finalizações. Jogo muito estudado, e a gente teria que ter mais agressividade. Vamos procurar corrigir para as próximas partidas.

Análise do comportamento do time

Não dá para departamentalizar a análise do jogo. Como um todo que a gente faltou, a marcação ficou bem na maior parte do tempo. E na parte de construção, o jogo de hoje pedia uma construção coletiva mais eficiente. Não dá para falar que o ataque ou o meio não funcionou. A estrutura do time não funcionou como um todo.

O que esperar em novembro

Foram jogos diferentes, jogo de hoje faltou agressividade. Mas não faltou em todos os jogos. Foram partidas diferentes. Sobre o jogo de hoje, vamos procurar corrigir a falta de criatividade. Tem a falta de tempo, a gente precisa reconhecer os adversários. Não tem mágica. O tempo é curto, mas o que a gente tiver eu tenho confiança que vamos apresentar melhor na próxima convocação.

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