Novo ciclo escancara disputa mais acirrada por posição na Seleção Brasileira: as laterais

Um novo ciclo se iniciará na Seleção Brasileira no sábado (25), quando o time volta a campo às 19h (de Brasília) para enfrentar Marrocos no primeiro desafio após a eliminação nas quarta se final da Copa do Mundo do ano passado para a Croácia. E entre novidades e apostas do técnico Ramon Menezes, fica a busca por solucionar um dos setores mais problemático durante a era Tite: as laterais.

Para o duelo na África, o interino evidenciou a busca na equipe por novas peças.

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O lado direito é o mais livre para que surja uma figura que assuma de vez o posto de titular intocável. E o nome da vez é Emerson Royal.

O ex-jogador do Atlético-MG, atualmente no Tottenham, da Inglaterra, até apareceu vez ou outra nas convocações de Tite. Mas acabou preterido por uma opção polêmica na hora do Mundial do Qatar: o veterano Daniel Alves, atualmente preso por estupro.

Foco e dedicação para provar que merece o posto de titular absoluto é o que motiva Royal nesta chance.

– Não digo (que fui) injustiçado, obviamente todo mundo quer estar na Seleção. Respeito a escolha do professor. Mas, obviamente, me preparei muito bem e acredito que, sim, em alguns momentos merecia ter tido algumas oportunidades a mais - disse o lateral, ao portal 'Globo Esporte'.

- O Brasil tem muitos jogadores nessa posição com muita qualidade. Mas acredito que vivo um momento muito bom, numa das principais ligas, acredito que estou um passo à frente pois estou me destacando numa liga como a Premier (League, Campeonato Inglês), que sabemos a dificuldade que tem, cada jogo aqui é como uma final. Estou um passo (à frente), já tive passagens pela Seleção, conheço mais, venho vivendo um bom momento e acredito que esse é o meu momento de me firmar na Seleção - completou o jogador ao site.

Para sua reserva, Ramon ousou. Depois do selecionado brasileiro com Tite 'ficar refém' de nomes experientes, como o próprio Alves, Fágner, Marcos Rocha, Rafinha e até Mariano, o interino decidiu levar ao Marrocos Arthur, do América-MG, seu titular na equipe sub-20 que venceu o Sul-Americano da categoria, no início do ano.

A aposta em revelações para a posição deverá ser uma tônica ao longo do ciclo, seja qual for o treinador.

NA ESQUERDA, É TEMPO DE CONSOLIDAÇÃO

Depois da 'era Marcelo', que perdurou por dois ciclos de Copa, o Brasil inicia sua trajetória rumo a 2026 com mais uma lista de nomes que tentaram, enfim se consolidar na posição.

Alex Sandro, o titular no Qatar, foi ignorado por Ramon, que chamou dois nomes que receberam chances com Tite. E tentam o lugar definitivo ao sol: Alex Telles e Renan Lodi.

Telles teve um período de queda na carreira antes da Copa. Saiu emprestado ao Sevilla pelo Manchester United, onde não se firmou. No Mundial, acabou se contundido gravemente.

Lodi foi mais um a desperdiçar a chance. Também por motivos clínicos, mas não por causas aleatórias, como uma lesão. No caso, a vacina contra a Covid-19, que o jogador do Nottingham Forest não tomou e foi impedido de entrar no Equador para um jogo das Eliminatórias. Caiu em desgraça com Tite e não foi mais chamado. Isso sendo titular do time.

Contra o Marrocos, ambos dão o primeiro passo para buscar a reabilitação e mostrar que o futuro treinador da Seleção pode, enfim, ficar despreocupado com a lateral-esquerda.

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