‘Patinho feio’ e ‘cabelo rosa’: Diniz aposta em novatos nas laterais da Seleção Brasileira
Carlos Augusto e Yan Couto devem ser titulares do Brasil diante do Uruguai
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A Seleção Brasileira deve entrar em campo contra o Uruguai com duas novidades nas laterais: Yan Couto e Carlos Augusto devem ser os escolhidos por Fernando Diniz para o clássico sul-americano nesta terça-feira (17), pela Eliminatórias, em Montevidéu. Ambos estreiam como titulares com a Amarelinha e são pouco conhecidos pelo público do país, mas querem se firmar na posição de olho em 2026.
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Yan entrará na vaga de Danilo, machucado e já cortado. Diante da Venezuela, o garoto do Girona-ESP entrou ainda no primeiro tempo para substituir o titular lesionado. Formado pelo Coritiba e campeão mundial sub-17 em 2019, o lateral deixou o Brasil muito cedo e hoje, aos 21 anos, pertencente ao grupo City, quer se tornar conhecido dos brasileiros, muito além do seu cabelo rosa.
- Gostaria que povo brasileiro me reconhecesse mais, tivesse esse laço mais íntimo. Espero começar a construir isso agora, para ter uma trajetória na Seleção. Talvez nem todo mundo acompanhe, cheguei com 18 anos (na Europa), esse ano tive uma mudança de mentalidade, esse ano estou mostrando meu futebol, minha melhor versão.
- A cor preferida da minha irmã é rosa, quando eu fiz o cabelo ela ficou muito feliz. Mas eu fiz mais o cabelo para falar para minha família que esse ano era meu, queria fazer uma grande temporada, estou conseguindo jogar agora na Europa, na minha melhor versão. O cabelo não é para me achar nem nada, sou muito tímido, é mais para eu olhar no espelho todo dia e ver que sou uma nova pessoa, e que posso mostrar em campo meu melhor momento.
Carlos Augusto tem semelhanças com Yan além da estreia como titular na Seleção. Formado no Corinthians, o lateral-esquerdo deixou o Brasil sem fazer muito seu nome por aqui e acabou indo cedo para a Europa rumo ao Monza-ITA, que na época disputava a segunda divisão do país. Depois de três anos por lá, ele chamou a atenção da Inter de Milão, onde está desde o meio de 2023. Quem diria que ele já foi "patinho feio".
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- Sempre fui o patinho feio na base. Até fiquei trocando de posições, atacante, meia, zagueiro, fiz tudo. Quando você vem ao lado desses jogadores, pensa que aquilo foi um aprendizado, foi bom para crescer como pessoa. Só tenho que agradecer por esses momentos.
Aos 24 anos, Carlos ganhou a posição de Guilherme Arana, seu antigo companheiro de Corinthians. Apesar de no Brasil ainda não estar entre os mais conhecidos, na Itália ele foi convidado até para defender a seleção, mas não aceitou. Certo mesmo é que o futebol italiano acabou sendo essencial para sua carreira, inclusive na chegada à Seleção.
- Eu fui chamado, mas nem pensei na hipótese de aceitar. Cresci no Brasil. Por respeito aos italianos, não me via como italiano, meu coração sempre foi brasileiro, nem pensei na hipótese de ir.
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- Minha transição para o futebol italiano foi essencial para a minha carreira, não tive sequência no Corinthians, ir para lá me ajudou a pegar confiança, crescer como pessoa, entender o futebol italiano, que é mais tático. Quando jogava no Brasil, me falavam que eu era defensivo. Na Itália, dizem que sou ofensivo. Espero trabalhar as duas partes para ser o mais completo possível.
Com trajetórias semelhantes e estreando juntos como titulares da Seleção Brasileira, ambos têm a chance de brilharem e ocuparem uma posição que tem tido dificuldade para firmar novos jogadores. Tanto o lado esquerdo quanto o direito não têm titulares absolutos e essa pode ser a chance de dois jovens se firmarem pensando na Copa de 2026.
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