Seleção Brasileira: Diniz tira peso de busca por novo protagonista durante ausência de Neymar

Técnico também justificou convocação do lesionado Gabriel Jesus

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Técnico da Seleção Brasileira, Fernando Diniz concedeu coletiva nesta quarta-feira (15), às vésperas do jogo contra a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa. O treinador tirou o peso da busca por um novo protagonista durante ausência de Neymar e justificou a convocação do lesionado Gabriel Jesus.

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Sem Neymar, quem assume o protagonismo?

- É uma geração extremamente talentosa, que surgiu há mais ou menos dois anos, que muitos podem assumir esse protagonismo, mas é importante que a gente não coloque peso. Ninguém precisa assumir protagonismo. Tem que se sentir leve para fazer o seu melhor. Jogadores se destacando nos melhores clubes do mundo... Raphinha no Barcelona, Vini e Rodrygo no Real, Martinelli e Jesus no Arsenal... Isso vai acontecer de maneira natural, mas acho que eles não têm que se preocupar em assumir papel do Neymar, mas tem que jogar descontraídos, sendo eles mesmos, para deixar o jogo fluir e acontecer de maneira natural.

Gabriel Jesus:

- Não surpreendeu nada, a gente respeita as pessoas que estão com ele. O Gabriel não é preocupação nesse sentido. A gente trouxe com alguns motivos, mesmo fazendo uma partida baixa no Uruguai, conseguiu ser positivo, jogar bem, criar oportunidades individuais. Ele estando aqui, ele não está na orelhada, ele está se sentindo bem. Quando eu conversei, tinham 10 dias para o primeiro jogo e 15 para o segundo. A gente achou interessante arriscar trazer, ele está em boas condições, a gente está com muito cuidado. Se ele estiver em condição, vai estar à disposição contra a Argentina, mas se não estiver, ele foi importante aqui e voltará melhor para o arsenal.

VEJA OUTRAS RESPOSTAS:

Endrick:

- Já tinha conversado com Endrick na chegada, é um jogador muito especial. Qualidade que ele tem de conseguir produzir o que ele já produz, abre uma análise pra gente projetar um futuro de uma maneira muito brilhante. Ele vem por mérito e por conta do potencial.

- Acho que posso contribuir o máximo que eu puder, mas com a limitações e tempo. São 24 jogadores para receber atenção. Acho que ele está sendo muito bem nutrido de boas informações do Palmeiras com Abel, com o staff. Ele vive um grande momento, por conta disso ele veio para a Seleção, e o que eu puder contribuir, eu vou. Têm muitas coisas. Não tem que ser pressionado. Expectativa se cria, ele tem 17 anos, mas ele tem potencial, pode se tornar um jogador lendário. Só o tempo pode confirmar, mas embora esteja na nossa perspectiva, a gente tem que deixar ele leve. A melhor maneira dele produzir e atingir, é dar segurança para que ele seja ela mesmo. Tem que tirar um pouco essa carga. Se eu fosse escolher o que passar para ele, é só ser ele mesmo. Um jovem de 17 anos, talentoso e que adora jogar futebol.

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Expectativa para jogo contra a Colômbia e primeiros treinos

- Colômbia: um time que nos últimos 20/30 anos ganhou muita projeção no cenário mundial, se tornou um dos rivais mais difíceis da América do Sul, um time bem treinado, tem pontuado bem nas Eliminatórias, tem jogado com muita competitividade. Barranquilla é difícil, é muito calor, tem o apoio massivo da torcida. São bons jogadores, sabemos da dificuldade e a equipe está muito bem preparada. Está sendo ótima, todos entenderam o que a gente quer. É a terceira convocação, vão acumulando conhecimentos táticos que a gente pretende passar. As conexões humanas ficam com cada vez mais profundidade, e a gente espera nos dois próximos jogos elevar o nível e fazer bons jogos.

Jogar no Maracanã

- Vai ser muito bom estar no Maracanã, para mim se tornou casa no último ano e meio. Alegria muito grande, jogadores gostam muito de jogar em um palco do futebol mundial.

Endrick, Vini Jr e Rodrygo - o que acha da expectativa com a geração nova?

- Acho que é natural o interesse do público, são três jogadores que vão jogar juntos daqui um tempo no Real Madrid, isso é motivo de interesse. Mas, o Rodrygo e o Vini Jr já são jogadores dentro da Seleção, e o Endrick sendo acolhido, e acredito que vai ter um futuro longo aqui dentro.

Sem Casemiro e Neymar, vem uma formação ofensiva (à lá Fluminense). A crise gera oportunidades?

- Acho que as alternativas estavam sendo criadas, é sempre bom poder contar com o grupo. É uma grande tristeza não poder contar com o Neymar, até mais com a lesão tão séria dele, ele faz falta em qualquer cenário. Ainda mais o Casemiro, destaque dos últimos 10 anos no futebol mundial. As ausência a gente não olha porque não pode contar. Dei oportunidades para outros, vamos potencializar o time que vai jogar. Todos eles tem potencial, esperamos que as coisas corram de maneira positiva. Eles abraçaram os treinamentos, a proposta, e esperamos que na prática as partidas consigam corresponder da mesma maneira que nos treinamentos.

Melhora de rendimento

- O jogo do Uruguai, de maneira quente, exigiu um olhar mais negativo do que foi a partida. Em uma análise mais técnica do jogo, algumas coisas foram positivas, e outras de fato muito negativas, principalmente no primeiro tempo, que fomos muito inofensivos e não finalizamos. Jogamos muito pouco com cruzamentos, sem volume de escanteio, mas a primeira parte da construção teve um domínio importante, e isso marcou bem. Uruguai tem um time forte e também não conseguiram finalizar. Se tivesse o time que jogou também iria melhorar, porque faltou profundidade. Não dá para atribuir a melhora, se houver, por causa dos jogadores que vão entrar, porque ficou muito claro no dia do jogo. O que faltou e a tendência de melhora. Mas, nos outros três jogos, não. Principalmente a Bolívia. A gente teve mudanças bem importantes com esses jogadores, e mudança de mentalidade para os próximos dois jogos.

Vini Jr e Rodrygo

- É maneira de aproveitar o momento que eles vivem no Real, eles têm jogado de maneira parecida, por dentro, não só de ponta esquerda (Vini Jr), mas mais centralizado, fazendo mais gols. E o Rodrygo pelo encaixe que eu conheço, quase perfeito. Muito técnico, a característica do Rodrygo, ele caísse pelo lado, jogava muito próximo do Neymar. Com o Martinelli, podem acontecer essas trocas, tanto do Vini ir mais pelo lado, quanto o Rodrygo. Tendência de mais volume, movimentos, trocas posicionais, até com o Raphinha que tem muita mobilidade. Aproveitar ao máximo as características dos quatro para criar dificuldades ao adversário.

- Não vai mudar a característica do time por conta deles, embora sejam muito rápidos, são muito técnicos, jogam muito bem em aproximação, temos que aproveitar o que eles têm de bom. A gente pretende aproveitar as mais diversas possibilidades de maneira geral, mas não pretende trocar a característica do jogo.

Bagagem e diferenças das três listas

- A primazia da convocação é chamar os melhores, individualmente e técnicamente. Os jogadores que tinham assimilado mais os conceitos tendem a ter mais facilidade para desenvolver a ideia, e nesse caso aqui, casaram as duas coisas. Os jogadores convocados com mais rotina, tem mais informação, e são jogadores que estavam sendo convocados com grande momento. A maior convivência com conceitos e a capacidade demonstrada nos clubes. E os que estão chegando, obviamente com um corpo que entende mais, vai passando para os novos. Além dos vídeos e conversas comigo. Foram três convocações, quatro jogos e praticamente 18 dias de convivência. É muito pouco, não tem escala, volume grande. Mas a tendência gradual é de cada vez mais conteúdo tático entre os jogadores, mas conforme vai passando o tempo, é evoluir.

Como ajudar na ansiedade dos jovens

- A confiança. Eles sabem que o sentido deles estarem aqui é por mérito, e a expectativa para ele tem um pouco com a personalidade de cada um, mas a forma de ser, o que funciona, é viver o momento presente, não ficar pensando para fazer coisas extraordinárias. Eles procurarem saber que estão aqui por mérito e agir com o máximo de naturalidade possível, é para fazer coisas extraordinárias, é para fazer o que faz no clube. Se eles jogarem por naturalidade, e, a chance de conseguir, é maior

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