Seleção deslancha na etapa final para agradar público frio no Morumbi
Morumbi recebeu pouco mais de 47 mil pessoas, que ficaram a maior parte do tempo em silêncio e mostraram impaciência após um primeiro tempo ruim. Pênalti abriu caminho
Quando o árbitro Néstor Pitana encerrou o primeiro tempo, as 47 mil pessoas que estavam no Morumbi vaiaram a Seleção Brasileira, que ainda empatava em 0 a 0 com a Bolívia. Ainda que a atuação no segundo tempo também não tenha encantado, o time da casa fez dois gols rapidamente com Coutinho para encaminhar a vitória e acalmar o público, que aplaudiu no fim.
Historicamente, a torcida paulistana é exigente. São Paulo é a capital brasileira onde a Seleção tem a invencibilidade mais longa (55 anos), mas acostumou-se a cornetar e vaiar a equipe nacional no passado recente. Na noite desta sexta, quando não estava em silêncio, a torcida mostrava exagerada impaciência.
O time comandado por Tite, também, não ajudou. Com mais de 70% de posse de bola no primeiro tempo, o Brasil só acertou o gol uma vez antes do intervalo. O esquema com os pontas bem abertos e os laterais criando pelo meio foi executado, mas trouxe pouco resultado. Os homens de frente bateram cabeça, e as chances vieram, na maioria, de fora da área.
A primeira grande explosão de alegria nas arquibancadas ocorreu aos dois minutos do segundo tempo, quando o árbitro deu pênalti para a Seleção após análise do VAR. Coutinho bateu bem, abriu o placar e três minutos depois completou o cruzamento de Firmino para fazer 2 a 0.
A partir da vantagem, Tite começou a fazer mudanças, sempre entre os atacantes. Saíram, na ordem: Firmino, David Neres e Richarlison, para as entradas de Gabriel Jesus, Éverton e Willian. O gremista fechou o placar com um golaço, em jogada individual.
Com a vitória consolidada, a torcida passou a gritar até "olé". Quando o jogo acabou, as vaias do intervalo deram lugar a aplausos. Mas apesar do placar elástico, não foi uma atuação de encher os olhos da Seleção.