Em volta ao São Paulo, Ederson lembra dispensa traumática: ‘Chorei’
Goleiro do Manchester City e que será titular da Seleção na próxima terça contra o Chile teve passagem pela base do Tricolor e contou que foi dispensado pelo telefone
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Escolhido por Tite para ser o titular da Seleção Brasileira no duelo contra o Chile na próxima terça-feira pela Eliminatória da Copa do Mundo de 2018, o goleiro Ederson retornou nesta sexta-feira ao São Paulo, em cujo CT o Brasil treinou nesta tarde. A passagem, no entanto, não trouxe boas recordações ao jogador que passou pela base do Tricolor.. O arqueiro contou que a dispensa quando garoto foi por telefone, de forma que o traumatizou na época. Ele tinha 15 anos. E nesta sexta concedeu sua primeira entrevista coletiva como titular da Seleção. Justamente onde poderia estar jogando.
- Sou de Osasco, tive passagem pela base do São Paulo de quatro anos. Infelizmente fui mandado embora pelo telefone, fiquei muito chateado. Não soube lidar com aquilo porque eu tinha 15 anos, meus país me deram muito apoio. Aí apareceu a Europa, amadureci muito lá, aprendi muita coisa, virei homem cedo. Tive oportunidades, a vida foi feita de oportunidades, e quero aproveitar essa também - declarou Ederson, que deu mais detalhes sobre a dispensa:
- Foi uma saída precoce. Foi uma coisa que pesou muito. Eu não estava em casa no momento da ligação, minha mãe que estava. Ela não sabia como me contar, depois me contou. Eu chorei muito. Fiquei um mês ali no meu cantinho. Depois voltei pra escolinha, treinar no barro, no meu terrão. Foi ali que comecei a me erguer de novo, aí surgiu a Europa, e agora estou na Seleção.
Curiosamente, Ederson nunca vestiu a camisa do São Paulo profissionalmente, mas dará lucro ao clube. De acordo com estimativa do próprio Tricolor, ele ficou na base de 2006 a 2009. Por conta desse período, o clube calcula que deve receber mais de R$ 1 milhão devido à transferência do goleiro do Benfica (POR) para o Manchester City (ING) este ano, pelo mecanismo de solidariedade pago as clubes formadores. A transação foi de 40 milhões de euros (cerca de R$ 145 milhões), a segunda mais cara de um goleiro na história, atrás apenas do lendário Buffon, comprado pela Juventus do Parma por 52 milhões euros (cerca de R$ 188 milhões, atualmente) em 2001.
Enquanto isso, o São Paulo sofre com problemas no gol. Desde a aposentadora do ídolo Rogério Ceni, no fim de 2015, o clube ainda não fixou goleiro. Denis foi titular em toda temporada 2016, mas acumulou falhas e não convenceu. Neste ano, ele, Renan Ribeiro e o recém-chegado Sidão revezaram. Este último virou titular nos últimos e foi herói na vitória sobre o Sport por 1 a 0 no último domingo, quando o Tricolor deixou a zona do rebaixamento no Cameponato Brasileiro.
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