Primo pobre do Real? Atlético espanta rótulo e mostra ser rico
Clube tem magnata entre acionistas, vende e compra a altos valores, e terá novo estádio
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Assim como já aconteceu na final da Liga dos Campeões de 2013/14, mesmo ano em que o Atlético de Madrid venceu o Campeonato Espanhol, muito se fala no "milagre" que estava sendo feito com pouco dinheiro. Porém, a história não é tão assim. Claro que se comparado com o rival da decisão, o Real Madrid, os números são mais modestos. Mas nem por isso dá para chamar o Colchonero de "primo pobre" dos Merengues. Regular na lista dos clubes com maiores receitas, vendas muito altas, magnata chinês investindo, estádio novo chegando... O horizonte é bonito para os rojiblancos.
Nos últimos anos, desde que conseguiu se estabelecer entre os líderes da Espanha, conquistou títulos internacionais e nacionais, a grana começou a entrar mais forte. Tanto que já são seis anos seguidos entre os 30 clubes mais ricos, sendo os últimos três anos entre os 20.
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Na lista "Football Money League", da Deloitte, o Colchonero voltou ao top 20 em 2012/13 e não saiu mais. Ficou em 20º lugar com receita de 120 milhões de euros (R$ 480 milhões), depois subiu para 15º com 169 milhões de euros (R$ 675 milhões). Na temporada seguinte, ficou na mesma colocação, mas subiu para 187 milhões de euros (R$ 747 milhões).
Isso sem falar na alta atividade do Atlético de Madrid no mercado de transferências. O clube é bom comprador, mas também grande vendedor. Em 2014/15 investiu 117 milhões de euros (R$ 467 milhões) e acertou com nomes como Griezmann, Oblak, Mandzukic, Ángel Correa e outros. Mas arrecadou 89 milhões de euros (R$ 355 milhões) ao vender jogadores como Diego Costa e Filipe Luís, ambos para o Chelsea.
Nesta temporada, os números são ainda maiores. Trouxe de volta Filipe Luís, contratou ainda Jackson Martínez, Savic, Ferreira Carrasco, Mensah, Kranevitter, Vietto, sendo que estes três últimos ainda são bem jovens, podendo evoluir bastante. No total foram gastos 136 milhões de euros (R$ 543 milhões). Mas foram vendidos o centroavante mexicano, além de Arda Turan, Mandzukic, Alderweireld, Mario Suárez e outros. Entraram 147 milhões de euros (R$ 587 milhões).
Como se não bastasse, ainda há o respaldo de um bilionário. Wang Jianlin, dono do grupo Dalian Wanda e da maior fortuna da Ásia, comprou no passado 20% das ações do Colchonero. Gastou 45 milhões de euros (R$ 180 milhões) para isso, e tem ajudado desde então o clube a manter sua saúde financeira.
Por conta de tudo isso, o clube tem a liberdade de ter mais ousadia na hora de arriscar em contratações, e ainda se sente mais seguro para segurar jogadores. Koke e Griezmann, por exemplo, já receberam dezenas de ofertas, mas o clube sempre conseguiu segurar. Por enquanto...
Para ficar ainda mais bonito, o Atlético de Madrid está perto de garantir um estádio novinho. O La Peineta, que começou a receber uma reforma gigantesca para deixá-lo como um dos mais modernos da Europa, de olho na candidatura aos Jogos Olímpicos de 2020, vai ficar com o time. O palco será capaz de receber mais de 70 mil pessoas. A previsão é de que esteja pronta para 2017/18.
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