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‘Havaiana-brasileira’, revelação do surfe faz sucesso na etapa do Rio

Nascida em Porto Alegre, mas representando a ilha, Tatiana Weston-Webb rouba a cena no Circuito Mundial. Eleita destaque do ano passado, atleta tem torcida especial de brasileiros<br>

Tatiana Weston (foto :Divulgação/WSL)
imagem cameraTatiana Weston (foto :Divulgação/WSL)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 11/05/2016
20:09
Atualizado em 12/05/2016
07:00

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Sucesso absoluto com o público brasileiro e embalada por resultados cada vez mais expressivos no Circuito Mundial de surfe (WCT), Tatiana Weston-Webb é atração do Oi Rio Pro, quarta etapa da temporada do torneio.

Com apenas 20 anos, a gaúcha de Porto Alegre é a única “representante” do Brasil na elite em 2016, já que Silvana Lima foi rebaixada para a divisão de acesso no ano passado. Mas a atleta, na verdade, defende a bandeira do Havaí.

Filha da ex-bodyboarder brasileira Tanira Guimarães e do surfista inglês Doug Weston-Webb, a jovem foi levada para a ilha de Kauai com três semanas de vida. Tudo por causa do pai, que cresceu nos Estados Unidos. Naturalizada, Tatiana mora em Princeville (HAV).

A sorte é que, com o retorno do Brasil no mapa do surfe mundial, ela ganhou um novo motivo para vir mais vezes ao país. A outra razão é mais que justa: Tati, como é conhecida, namora o paulista Jesse Mendes, que compete no WQS.

– Venho sempre que posso. Fiquei no Brasil entre dezembro e janeiro para passar a virada de ano com a família, pois gosto muito daqui. É bem tranquilo e um lugar divertido para treinar – contou a havaiana, quarta do ranking mundial.

Nas redes sociais, Tatiana tem nada menos que 126 mil seguidores. Nas etapas, é cercada pelos fãs da modalidade. Ao sair de uma bateria, atende pacientemente e com simpatia a todos os pedidos por selfies. Mesmo sem nunca ter morado no Brasil, diz ter uma relação especial.

– Tenho muitos amigos brasileiros e falo com frequência com eles. Tento praticar o português sempre – afirmou Tatiana, que até ano passado não dava entrevistas na língua, mas hoje já arrisca algumas frases.

Em seu segundo ano na elite do surfe, o objetivo de Weston-Webb é melhorar a performance a cada dia. Em 2015, ela foi eleita a jovem atleta de maior destaque pela Liga Mundial (WSL), ao terminar a temporada de estreia na sétima posição geral.

Ontem, Tatiana avançou à terceira fase no Rio, ao vencer a havaiana Coco Ho, mas perdeu a bateria seguinte contra as australianas Sally Fitzgibbons e Keely Andrew. Com isso, terá de disputar a repescagem, prevista para hoje. A jovem tem pela frente a americana Sage Erickson.

A WSL fará nova chamada para a repescagem masculina e a terceira fase feminina nesta quinta-feira, às 7h.

Favoritas passam de fase no Rio

Em um dia dominado pelas mulheres, já que os comissários da Liga Mundial de Surfe (WSL) optaram por adiar a disputa masculina em razão das ondas baixas em Grumari, quatro favoritas ao título do Oi Rio Pro avançaram às quartas de final.

Atual líder do ranking, a americana Courtney Conlogue venceu a bateria contra Sage Erickson (EUA) por 13.50 a 13.13 pontos. A havaiana Malia Manuel ficou em último (12.40).

A australiana Sally Fitzgibbons também passou, com 13.77 contra a compatriota Keely Andrew (12.70) e a havaiana Tatiana Weston-Webb (12.66). Em busca da lycra amarela, a australiana Tyler Wright somou 16.90, e deixou para trás a francesa Johanne Defay, com 12.97, e a australiana Bronte Macaulay (11.23).

Convidada, a brasileira Silvana Lima perdeu na segunda fase para Carissa Moore e deixou a disputa. Depois, a havaiana terminou atrás da classificada Stephanie Gilmore (AUS) e terá de ir à repescagem, assim como Laura Enever (AUS).

BATE-BOLA
Tatiana Weston-Webb - Surfista, ao LANCE!

‘Acho que o Brasil não pode sair do Circuito’

O que achou de Grumari?
Tem sido muito difícil encontrar boas ondas. Elas são curtas. No Postinho às vezes é melhor, mas não sempre.

Muitos surfistas têm reclamado da qualidade das ondas. Acha que o Brasil corre risco de deixar o WCT?

Acho que o Brasil não pode sair do Circuito. É o país que tem os fãs mais animados do calendário. Ter etapa aqui é muito importante por causa da popularidade. É um lugar divertido. Só o que poderia mudar são as ondas.

Como vê o momento do surfe feminino hoje? Há valorização?
O surfe feminino vem crescendo muito. Estou feliz e motivada a ser parte deste movimento. Muitas meninas irão crescer no esporte aqui, no Brasil. Espero que eu consiga contribuir para que isto aconteça.

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