Em ‘recomeço’, Raoni Monteiro vence a primeira bateria do Oi SuperSurf de Floripa
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Raoni Monteiro, um dos surfistas brasileiros mais conhecidos e com oito temporadas na elite do esporte, havia prometido para si que se dedicaria a disputar todas as etapas do Oi SuperSurf, tiraria do papel projetos audovisuais e, acima de tudo, surfaria com alegria durante a punição de 20 meses oficializada pela Liga Mundial de Surfe (WSL) em maio. Punição que veio por ele ter sido flagrado em um exame antidoping realizado no Pipe Masters, a última etapa da temporada 2014 do Circuito Mundial. E tais promessas têm sido cumpridas. Nesta quarta-feira, por exemplo, ele foi o destaque da primeira bateria da edição de Florianópolis da principal competição do circuito da Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), ao avançar de fase em primeiro lugar nas ondas da Praia da Joaquina, a "Velha Joaca", que volta a receber a competição após hiato iniciado em 2009.
– O mar estava bem difícil, surfei contra dois locais, o Marco Polo e o Guilherme (Ferreira), dois caras que conhecem bastante o pico e, graças a Deus, eu consegui me posicionar no lugar em que estive treinando ontem (terça) à tarde e hoje (quarta) mais cedo. Consegui pegar duas ondas boas, o que foi o suficiente para passar nessa bateria, mas, na próxima, vou ter que fazer melhor – destacou Raoni, que debutou em 2004 na elite do surfe e participou de oito temporadas do WTC, ao LANCE!.
A quarta-feira nasceu com certa "indecisão" do tempo, mas o tão aguardado sol veio. Uma situação bem diferente da última terça, quando o tempo ficou nublado, com muito vento, mas garantiu boas ondas durante o dia destinado aos treinos de boa parte dos 160 competidores de 13 estados da terceira edição do Oi SuperSurf.
– O tempo estava nublado ontem (terça), mas as ondas estavam melhores. O mar estava maior, então... o mar estava mais surfável. Essa noite entrou um Sudoeste, um vento Sul muito forte, ele mexeu, balançou mais o mar. Mas ainda tem onda aí, tem condições de fazer o campeonato e, graças a Deus, deu tudo certo para mim – completou o surfista de 33 anos, natural de Saquarema, no Rio de Janeiro.
Raoni se classificou tendo média de 11.00. Guilherme Ferreira, com 9.90, foi o segundo a avançar de fase e graças a seu desempenho na última onda da bateria. Itim Silva (CE) foi o terceiro, com 9.80, terminando sua participação como o 129º colocado. Ele levou 260 pontos para os rankings da ABRASP e do Oi SuperSurf. O quarto e último foi Marco Polo (SC), com 8.47 de média. Ele ficou em 145º lugar e conquistou 160 pontos. A quarta na Joaquina será de, no total, 16 baterias até o fim da tarde.
A suspensão de Raoni teve início em 12 de dezembro do ano passado, por conta da etapa de Pipe Masters, e vai até 12 de agosto de 2016. Segundo a WSL, ele utilizou uma substância, não divulgada, para melhorar a sua performance. A entidade fez questão de, na época, garantir que o surfista colaborou com as investigações do comitê disciplinar da WSL. Raoni afirmou que utilizou um medicamento recomendado por seu fisiologista e admitiu o erro cometido. A sua missão, após o período de suspensão, será retornar à elite do surfe. No ano passado, ele foi apenas o 35º colocado, o que já não garantiria a sua presença no WCT deste ano.
* O repórter viaja a convite da organização da terceira etapa do Oi SuperSurf.
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