Fabrizio Gallas: ‘Roland Garros e a pá de cal no Big 3’
Análise do momento dos grandes tenistas das últimas décadas entrando em declínio
Roland Garros 2024 foi a pá de cal no famoso Big 3 do tênis que dominou o esporte por praticamente duas décadas.
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Rafael Nadal mostrou força de vontade, vigor, luta, mas o quadril não o deixa mais na velocidade que tinha antes e muito provavelmente fará seus últimos torneios na Olimpíada e Laver Cup. Ele ainda tem um desejo de Voltar a Roland Garros em 2025, mas nesse momento é muito improvável e, mesmo que o faça, não seria competitivo ao ponto de lutar por título.
E nesta semana vimos o decreto do fim do domínio de Novak Djokovic. O sérvio vem aos trancos e barrancos o ano inteiro, sofreu muito em todos os torneios, como agora em Roland Garros e de quebra sofreu uma lesão no menisco, passará por cirurgia, perderá Wimbledon e corre o risco de ficar fora da Olimpíada.
Nole ainda tem condições de dar um suspiro e vencer algo grande, mas a tendência é que seja esporádico. E o que é pior: ele vem demonstrando desmotivação. Seus principais concorrentes estão parando e os recordes foram praticamente todos batidos.
A troca de guarda ganha um simbolismo com a chegada merecida de Jannik Sinner ao topo na próxima segunda-feira e um novo grupo de tenistas que promete dominar nos próximos anos. Por enquanto com o italiano e Carlos Alcaraz na vanguarda. Quem sabe um João Fonseca venha acompanhar essa galera em um futuro breve?
Roland Garros terá um novo campeão e vejo bem aberta a disputa. Ruud tem chances assim como Zverev, Alcaraz e Sinner. Será questão de detalhes. Nao vejo força de De Minaur para tal. Seria uma tremenda surpresa.
No feminino Swiatek ganhou uma força descomunal após aquela batalha contra Osaka e caminha a passos largos para o tetra e sem piedade das oponentes.