Na final do Aberto da Austrália, Bruno Soares diz ao L!: ‘Coloquei muita fé nessa parceria’
Brasileiro fala ao LANCE! e comemora o rápido sucesso com a nova dupla, Jamie Murray, a um passo de um título de Grand Slam. Tenista tenta entrar em um seleto grupo do país<br>
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O Brasil é o país das duplas no tênis. Essa pode não ser uma máxima que acompanhe a modalidade no país desde sempre, mas, certamente, se aplica muito bem ao momento atual do esporte. Neste sábado, a partir das 8h (de Brasília), Bruno Soares entra em quadra para tentar garantir o título do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam do ano.
Em entrevista ao LANCE!, Soares falou sobre o início de sua parceria com o britânico Jamie Murray, que já rende bons frutos nessa temporada, além de analisar o duelo decisivo de hoje. No ano passado, Marcelo Melo terminou como número 1 do mundo, após conquistar o título de Roland Garros, e, agora, outro brasileiro pode devolver o Brasil ao topo de um Major.
Contra o canadense Daniel Nestor e o tcheco Radek Stepanek, a recém formada dupla tentará o inédito título. Inesperado?
- Não é uma surpresa. Desde o ano passado venho jogando um tênis de alto nível, mas estava faltando sorte nos momentos finais. Quando você junta duas pessoas que estão com a confiança boa e jogando um tênis dessa forma, a probabilidade de ter grandes resultados é enorme. Coloquei muita fé nessa parceria e sempre soube que tínhamos um grande potencial juntos - disse o brasileiro, ao L!.
'Se você me perguntasse isso 15 dias atrás, diria que era complicado. Mas agora... Vou dar meu máximo' - Bruno Soares, sobre final em duplas e duplas mistas
O motivo da possível surpresa é simples. Até o ano passado, Soares jogava ao lado do austríaco Alexander Peya, mas não teve uma temporada boa, conquistando apenas dois títulos. Nesse ano, com Murray, já venceu o ATP 250 de Sydney (AUS) e, agora, disputa a decisão na Austrália.
Essa é a segunda vez que o brasileiro joga uma final de Grand Slam em duplas, já que, em 2013, chegou à decisão no Aberto dos Estados Unidos, sendo derrotado por Stepanek e o indiano Leander Paes.
- Espero pedreira, não tem jeito. Quem está em uma final de Grand Slam é porque está jogando em altíssimo nível e está fazendo algo certo. E junte isso ao fato de jogarmos contra dois caras muito experientes. Temos de entrar, fazer o nosso e correr atrás do caneco - analisou.
Bicampeão em duplas mistas nos Estados Unidos, em 2012 e 2014, Bruno Soares tenta colocar em sua galeria de troféus uma taça inédita e, quem sabe, provar de vez que o país que manda nas duplas é um só: o Brasil.
Troca de parceria impulsiona Soares
Confiança. Talvez essa palavra resuma o que é mais necessário para um tenista dentro de quadra. E foi exatamente isso que faltou para Bruno Soares no ano passado. Ao lado de Alexander Peya, o brasileiro teve um ano irregular. Agora, a história é outra.
- A gente teve uma queda de resultados em 2015. Depois de um tempo, isso vai afetando sua confiança. Sentia que estávamos jogando muito bem, mas em nenhum momento conseguíamos embalar. Não tivemos uma sequência boa - comentou Soares, ao L!.
Com um novo parceiro, o irmão do britânico Andy Murray, Jamie, o brasileiro conseguiu um entrosamento rápido. Desde o início efetivo da parceria, já são 11 vitórias, um título e apenas uma derrota.
- O que mais contribuiu é o fato de nos conhecermos muito bem, fora e dentro da quadra. Somos amigos há muitos anos e entendemos o nosso estilo de jogo. Faltava só trabalhar do mesmo lado da rede. E foi isso que aconteceu. Felizmente de uma forma muito natural e rápida - completou Bruno.
Neste domingo, Soares ainda disputa a final de duplas mistas, ao lado da russa Elena Vesnina, contra o romeno Horia Tecau e a americana Coco Vandeweghe, a partir das 3h (de Brasília).
SELETO GRUPO
Maria Esther Bueno
A paulista foi a primeira brasileira campeã de um Grand Slam, levantando o título de Wimbledon (ING), em 1958, nas duplas. Maria Esther ainda conquistou o torneio inglês em simples (três vezes) e o Aberto dos Estados Unidos (quatro), além de vencer os quatro Majors em duplas: Austrália (uma vez), Roland Garros (uma), Wimbledon (cinco) e EUA (quatro).
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Thomaz Koch
O gaúcho foi campeão em duplas mistas em Roland Garros na temporada de 1975.
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Gustavo Kuerten
Ex-número 1 do mundo, o catarinense Guga foi tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001).
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Marcelo Melo
No ano passado, o duplista mineiro, atual número 1 do mundo, conquistou seu primeiro Grand Slam, levantando a taça em Roland Garros.
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