Pilic afirma que título de Nadal não tem o mesmo valor dada ausência de Djokovic
Ex-treinador de Djokovic chama Nadal de 'fenômeno', mas diminui título na Austrália
Nem mesmo a virada heroica do espanhol Rafael Nadal sob o russo Daniil Medvedev na história final do Australian Open 2022 que gerou seu 21º título do Grand Slam, tocou o ex-treinador croata Nikola Pilic, que trabalhou por anos com o sérvio Novak Djokovic.
Pilic foi procurado pelo site croata Index para falar sobre o título de Nadal em Melbourne e suas impressões. Para o ex-treinador Nadal é um fenômeno do tênis: ''Nadal sempre foi um jogador incrível, poderoso fisicamente. Ele é o homem que venceu Roland Garros 13 vezes? E Roland Garros é de longe o torneio mais exigente do mundo, há longas mudanças e as partidas duram cinco ou seis horas. Quem vencer este torneio 13 vezes é um fenômeno”.
Porém, para o ex-treinador de Novak Djokovic o fato de Nadal vencer seu 21º Grand Slam, que não teve a presença de seu ex-pupilo na chave, torna o título 'inferior'.
"Do fundo do meu coração, o que ele fez tem seu peso, mas não é um triunfo real quando ele venceu sem o melhor jogador do mundo(presente)", disparou o treinador que discorda da afirmação de que Nadal é o 'maior de todos os tempos' por ser o primeiro da história a vencer 21 títulos do Grand Slam.
Nikola Pilic mostrou-se preocupado com a possibilidade de Djokovic perder o número 1 do mundo nas próximas semanas, e engatou sua indignação enquanto opinava sobre o tamanho da conquista do espanhol: "Algumas coisas no ATP precisam ser mudadas com urgência. A ATP deve, como disse John McEnroe, conceder títulos de Grand Slam com 3 mil pontos, não 2 mil como é o caso hoje", se indignou e seguiu: "Como é possível que um jogador que ganhou três Grand Slams em um ano e jogou a quarta final do histórico Grand Slam do calendário, perca o primeiro lugar às custas do primeiro Grand Slam da temporada, que não jogou? Se (Daniil) Medvedev tivesse conquistado a Austrália, isso teria acontecido. Isso é inadmissível e isso deve mudar”.