Título no Rio Open valeria mais que um Masters, diz Soares
Mineiro quebrou tabu e jogará a primeira final no Rio de Janeiro
Bruno Soares comemorou sua vaga inédita na final do Rio Open, maior torneio da América do Sul, neste sábado, após superarem a dupla do espanhol Marcel Granollers e do argentino Horacio Zeballos por 6/3 6/2.
Esta é a primeira vez do mineiro na final em casa após cinco quedas anteriores na semifinal: "Nunca joguei bem tênis aqui na verdade, ia na emoção ali, na experiência , usando a torcida, no embalo. Sempre falei isso. As condições com as outras bolas que voavam muito atrapalhavam , minha devolução tá mostrando ao longo da semana que é outra coisa, meu jogo é muito em cima com o que consigo fazer com a devolução , não sou um grande sacador, eventualmente vou acabar perdendo o saque então preciso dessa força na devolução. Essa foi a grande diferença", disse o brasileiro. A bola antiga era da HEAD e este ano passou a ser Wilson.
"O lance das semis, obviamente você dá uma pensada, mas quando entra em quadra não pesa não, estivemos hoje super firmes. É muito mais a sensação , sempre joguei com o felling e estou assim desde o primeiro dia. É clara a diferença dos outros anos para cá, super contente com as condições, super contente com a final. É um jogo para alcançar o objetivo agora".
Para Bruno, vencer no Rio de Janeiro teria um valor especial, acima de torneios com maior pontuação como os Masters 1000: "Em termos de emoção é muito especial estar em uma final aqui , o que vivemos nos três jogos - hoje meus amigos estavam um pouco mais animados que nos outros dias - é por esses momentos que ainda jogo esse esporte, essa sensação é muito boa. Infelizmente só tenho essa sensação uma vez por ano, gostaria que tivesse mais torneios no Brasil", apontou: "É muito especial. Pra te falar a verdade seria um dos maiores títulos da minha carreira, ganhar o Rio Open com essa galera na torcida. Não comparo com um Grand Slam, mas seria maior que vencer um Masters 1000, se me perguntasse se preferia ganhar Indian Wells ou o Rio Open, preferia vencer aqui, nenhuma dúvida na minha cabeça".
Os adversários ainda serão definidos do confronto entre os italianos Simone Bolelli e Fabio Fognini e do mexicano Santiago Gonzalez com o argentino Andres Molteni: "Os adversários...é meio clichê isso, mas é verdade, quem está na final é porque está fazendo coisas boas na semana. Bolelli e Fognini já deram duas na gente esse ano , se for eles vamos tentar pegá-los dessa vez. Foram dois jogos de três sets, no detalhe. E o Molteni e Santiago venceram dez jogos na América do Sul já , estão super confiantes, pegaram chave bem duro, estão mostrando nível. Nós estamos fazendo muito bem as coisas, é focar no nosso jogo, nossas coisas."