TIM 4G: Nunes, o artilheiro das decisões
Atacante que brilhou nos grandes jogos do Flamengo na década de 80, fez história
O “artilheiro das decisões”. Foi como ficou conhecido João Batista Nunes de Oliveira, ou apenas Nunes, um dos maiores ícones do Flamengo nos anos de 1980. Aparecia em boa posição quando ninguém esperava. Jogador de estrela, não carregava a alcunha à toa. Marcava muitos gols decisivos, é um autêntico craque TIM 4G do passado e um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro.
Foi assim no primeiro título do Campeonato Brasileiro para o Flamengo em 1980 (nos 3 a 2 contra o Atlético-MG), além de decidir contra o Grêmio em 1982 (1 a 0 no Olímpico), na final do Brasileiro e fazer dois dos 3 a 0 contra o Liverpool, na decisão do Mundial Interclubes de 1981, ao lado de jogadores como Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio e Zico.
De personalidade forte, não tinha papas na língua. Falava o que queria. Seu outro apelido, “João Danado” já havia feito sucesso no Santa Cruz, clube que defendeu entre 1976 e 1978, e pelo qual conquistou o bicampeonato pernambucano. Natural de Feira de Santana (BA), Nunes começou a dar os primeiros chutes no Confiança, nos anos de 1974/1975. Chegou ao Rio ainda na adolescência e ingressou na escolinha do Flamengo aos 14 anos, mas foi dispensado quando atingiu a maioridade porque os dirigentes acharam que ele não tinha futuro. Passou ainda pelo Fluminense (1978/1979) e pelo Monterrey, do México (1979).
Retornou à Gávea no ano seguinte para virar ídolo. Atuou no Flamengo por oito anos, fez 214 jogos e marcou 99 gols - 51 deles na temporada de 1981. No Rubro-Negro, conquistou quatro Brasileiros (1980, 1982, 1983 e 1987), um Estadual (1981), além da Libertadores e do Mundial Interclubes de 1981.
A partir de 1983, seu espaço no Flamengo foi diminuindo e acabou emprestado a clubes como Botafogo (1983), Náutico (1985), Boavista de Portugal (1985/1986), Santos (1985), Atlético-MG (1986) e Volta Redonda (1987). No Brasileiro de 1987, conquistado pelo clube da Gávea, fez poucas partidas. Depois de sair definitivamente do Rubro-Negro, ainda jogou no Deportivo Tiburones, de El Salvador (1988 a 1991), no Flamengo de Varginha (MG), em 1991, e encerrou a carreira no Olaria, em 1992.
Em 1978, foi convocado para os treinos da Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo da Argentina, mas se machucou e ficou fora do Mundial.
Após se aposentar como jogador, fez alguns trabalhos como treinador, mas gastou todo o dinheiro que ganhou com o futebol em investimentos fracassados e lançando discos de pagode. Chegou a vender vídeos com os gols mais importantes da carreira para se sustentar.
Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageará até o fim de 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam. Periodicamente, contaremos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.