Passagem de Rivaldo pelo São Paulo começou com pedido de aumento
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Depois de anunciar na quinta-feira que não ficaria no clube, a passagem de Rivaldo pelo São Paulo termina neste sábado, em seu último treino. Amanhã, em Mogi Mirim, só vai dar o último adeus. Suspenso, não está relacionado. A pergunta que fica é: o camisa 10 foi bem ou mal? Uma certeza é que, ao menos perante a diretoria, não teve um início como se esperava.
Quando negociava sua contratação, Rivaldo se aproveitou ao ver a notícia cair na mídia antes de assinar. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem do LANCENET!, o veterano (39 anos) pediu salário mais alto quando seu nome ganhou repercussão nos veículos de comunicação. A cúpula, que tinha tudo apalavrado e viu a torcida aprovar a contratação, a contragosto, bancou a exigência.
Por meio da assessoria de imprensa do Tricolor, Rivaldo negou que tenha pedido mais do que o combinado. Segundo o meia, foram apenas duas horas de conversa até baterem o martelo. O veterano foi apresentado dia 28 de janeiro, no CFA de Cotia. Na oportunidade, recebeu a camisa 10 e o presidente Juvenal Juvêncio aproveitou para mostrar algumas das obras realizadas no local.
Não é a primeira vez que isso acontece no clube. Nos rivais, também é comum haver o “leilão”. Amparado pelo empresário, o jogador pede montante em luvas, premiação e salários, mas, muitas vezes, inflaciona os valores ao ser assediado por novos pretendentes. Isso faz cada vez mais com que os dirigentes mantenham em sigilo as negociações.
Durante a passagem, Rivaldo conviveu com polêmicas. A principal foi com Carpegiani, quando chiou por nem sequer entrar contra o Avaí, pela Copa do Brasil, em jogo em que o Sampa foi eliminado da competição. Após a partida, o camisa 10 chegou a quebrar uma mesa de vidro no vestiário. Após reunião com Juvenal, técnico e jogador se entenderam e voltaram a trabalhar juntos. A relação nunca foi boa.
Em campo, Rivaldo marcou logo na estreia. Em 46 partidas, sete gols. Com a torcida, bom relacionamento e, por muitas vezes, ovacionado nas arquibancadas. Uma passagem sem títulos e longe de quem já foi melhor jogador do mundo.
Rivaldo ajudou
Decisivo
Rivaldo foi importante em algumas partidas. A de maior destaque foi contra o Botafogo, quando entrou e fez gol de empate em 2 a 2. No fim, quase virou o confronto. Com cinco gols no Brasileiro, só marcou menos do que Lucas e Dagol (oito).
Experiência
Com 39 anos e conquistas por onde passou, o veterano sempre era citado pelos garotos como alguém que ajudava com conselhos e dicas.
Torcida
Os são-paulinos sempre foram defensores de Rivaldo na equipe. Quando ficava no banco, seu nome era logo o primeiro a ser pedido.
Rivaldo atrapalhou
Presidente
Quando contratado, Rivaldo era presidente do Mogi Mirim. Teve de se desligar do clube, mas voltou ao cargo depois do término do Paulistão.
Confusão
Rivaldo colecionou problemas no clube. Publicamente, reclamou por ficar no banco e não ser aproveitado com Carpegiani, com quem nunca se deu bem. Experiente, dava brecha para outros garotos chiarem.
Torcida
Aprovado pelos torcedores, o pedido para que entrasse em campo, em alguns casos, era prejudicial. Isso porque, “forçava” os técnicos a colocá-lo. Adilson foi quem mais cedeu.
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