Wallim Vasconcellos se defende e suspeita de sabotagem contra sua chapa
Candidato à presidência do Flamengo teve parecer barrando sua candidatura
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Candidato à presidência do Flamengo que teve a candidatura barrada pela Comissão Permanente Eleitoral (CPE) do clube, Wallim Vasconcellos suspeita que tenha sido vítima de sabotagem, fala em perseguição e diz que teve a honra e a reputação atingidas após a CPE acusar sua chapa de fraude e falsificação de assinaturas. Nesta quarta-feira (23), ele concedeu entrevista em um restaurante na zona sul do Rio e disse que vai recorrer até onde for possível para manter seu nome no pleito marcado para dezembro.
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Ex-vice-presidente de Finanças do Flamengo e prestes a completar meio século como sócio do clube, Wallim Vasconcellos falou por cerca de uma hora. Sem alterar a voz, mas firme nas colocações, deu seu relato sobre o processo de inscrição da chapa e afirmou que, ao ser convocado para esclarecer as supostas assinaturas falsas, ouviu da comissão eleitoral uma proposta que definiu como “indecorosa”:
— A primeira surpresa foi o clima agressivo que nós fomos recebidos. Parecia um tribunal inquisitório, “vocês são culpados”, apontando o dedo. Foi muito agressivo —, contou Wallim, que relatou como foi a sequência. — [eles disseram] “A gente tem uma proposta para fazer para vocês. Vocês desistem da candidatura, que a gente não leva isso para frente.”
Wallim Vasconcellos disse que, na sequência, respondeu que “não se pode jogar as coisas debaixo do tapete” e insistiu que fosse aberta uma comissão de inquérito no clube para investigar a suposta falsificação de assinaturas.
— Mas até hoje, dia 23, nada aconteceu —, reclama
O candidato disse ainda que sua chapa está fazendo uma investigação interna para descobrir a inconsistência nas assinaturas. Afirmou que, se for constatado que partiu de alguém de sua equipe, não pensará duas vezes em responsabilizar o culpado. Mas ele acredita que possa ter sido vítima de uma armação.
— Pode ter sido uma sabotagem. Você tem algumas evidências que apontam para a sabotagem, pode até não ser, mas isso tem que ser feito através de uma investigação. Você não pode apontar o dedo e dizer que a pessoa é culpada —, aponta.
Wallim Vasconcellos critica Comissão Eleitoral
— O sistema de captura de sócios para a chapa é totalmente frágil, dá uma margem enorme à fraude. A gente pegou várias assinaturas na piscina (do clube), o que impede de uma pessoa chegar lá e assinar, depois dizer “essa assinatura não é minha” só para sabotar a chapa? Pode acontecer, pode ser por dolo, pode ser por sabotagem de outra pessoa — considera Wallim.
Ele também questiona a atuação da Comissão Permanente Eleitoral do Flamengo, que tem três de seus integrantes compondo o grupo de Luiz Eduardo Baptista, o BAP, um dos quatro candidatos à presidência. BAP preside atualmente o Conselho de Administração do clube e foi quem nomeou a CPE.
— Assinamos um requerimento, reiterando que a gente entendia que a nossa chapa deveria ser deferida, deveria ser registrada. E pedimos a destituição, a renúncia do presidente do Conselho de Administração, o BAP, porque ele é o presidente do Conselho de Administração, que é um órgão que analisa e registra as chapas. E ele é candidato. Então tem um papel duplo, um conflito de interesse enorme. A gente pediu a renúncia dele, para ele sair do processo e ficar isento. E pedimos também a destituição da atual Comissão Permanente Eleitoral —, afirma Wallim Vasconcellos.
O parecer da comissão que indeferiu sua candidatura será votado no Conselho de Administração do Flamengo no próximo dia 4. Será nesse dia que Wallim saberá se poderá concorrer na eleição do clube em dezembro ou não. Caso seja barrado, ele irá analisar se irá recorrer à Justiça.
O Lance! pediu posicionamento à chapa de Luiz Eduardo Baptista, que informou que não irá se manifestar.
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