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Vasco, 122 anos: o simbolismo da felicidade, o passado e o futuro

Repórter do LANCE! escreve crônica sobre o aniversário e o atual momento do clube de São Januário em diferentes esferas: no campo, nos bastidores e nos projetos em curso

Bandeira - Vasco
imagem cameraHasteamento da bandeira no novo centro de treinamentos do Vasco já ocorreu (Reprodução/Vasco TV)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/08/2020
16:31

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Foi um inegável presente. O gol de Lucas Ribamar e a liderança do Campeonato Brasileiro sacramentada a poucas horas do aniversário do clube. Os 122 anos do Vasco se dão com um enorme alento de felicidade, que se mistura com um futuro aparentemente melhor estruturado da instituição. Por outro lado, este mesmo Gigante não consegue se livrar dos graves problemas políticos.

Talvez nem o mais otimista dos vascaínos - mesmo aquele "mal acostumado", como o áudio fez famoso - acreditasse num início tão impressionantemente positivo do time de Ramon Menezes no Brasileirão. O jovem treinador herdou um arremedo de time e péssimos momentos técnicos dos jogadores. O torcedor não sorria assim há quase uma década.

Hoje, a defesa é quase intransponível, os reservas estão dando conta do recado quase sempre e o ataque faz tanto gol que a boa fase chegou até o reserva. O "Ramonismo" se faz ainda mais encantador pelo feito de expurgar as críticas antes tão recorrentes sobre o lateral-esquerdo Henrique. Tudo isso num cenário muito menos preocupante financeiramente do que meses atrás.

É impressionante - embora triste ter que constatar ser raro - que o Vasco, sim, pode olhar para frente. Terá um novo centro de treinamentos, terá o estádio reformado e tenta se organizar financeiramente.

O que segue amarrando o futuro do Vasco ao passado é a política. Parece pouco, mas, em se tratando de Vasco, a intensidade é gigantesca - eu costumo dizer que, proporcionalmente, os bastidores de São Januário fervem mais que os de Brasília.

Alguns personagens ficaram para trás, outros continuam e alguns novos aparecem volta e meia. A questão é que a judicialização e a policização do clube é contínua. Sei lá se há pelo Atlântico algum clube tão frequentemente em tribunais e delegacias. Homens e mulheres apaixonados pela Cruz de Malta, mas que divergem tanto que o tempo passa, passa e eles só continuam a divergir.

Não entro, aqui, no mérito das interpretações de cada um. Mas todos sabem que para o sucesso total nas atividades-fim de qualquer clube ser alcançado os bastidores precisam estar em paz. É o que o Vasco precisa. É o grande desafio dos envolvidos.

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