Adaptado e envolvido, Vegetti destaca objetivos do Vasco para 2024: ‘Protagonista e buscando títulos’
Em entrevista exclusiva ao Lance!, atacante sonha com títulos e quer ser artilheiro do Brasileirão
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Contratado em agosto, Vegetti parece que tem anos de Vasco, mas sequer completou cinco meses no clube. Isso se explica pela intensidade que viveu o Cruz-Maltino. Os 10 gols marcados serviram como combustível para uma arrancada impressionante que terminou com a permanência do time na Série A.
Carismático e goleador, o "Pirata" caiu rapidamente nas graças do torcedor vascaíno, provando que acertou na decisão de fechar com o Vasco, na época tratado por muitos como já rebaixado para a Série B.
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- Minha vida sempre foi movida por desafios. Sabia que o Vasco seria mais um, assim como foi quando cheguei ao Belgrano. E encarei com muita seriedade e trabalho. Fico feliz que as coisas tenham se encaixado de maneira rápida. Estou adaptado e envolvido com a torcida e o clube como um todo. Então acredito que esses fatores também ajudaram as coisas funcionarem dentro de campo - afirmou Vegetti em entrevista exclusiva ao Lance!.
A estreia de Vegetti pelo Vasco foi um presságio positivo do que estaria por vir. O atacante entrou no segundo tempo da partida contra o Grêmio e precisou de 16 minutos para marcar o gol da vitória. Depois marcou mais nove gols em 20 jogos. Neste período, apenas Paulinho, artilheiro do Brasileirão pelo Atlético-MG, balançou mais a rede do que o vascaíno. Isso o credencia a sonhar com a artilharia em 2024.
- É claro que a artilharia sempre vai ser um objetivo. Sou atacante, meu ofício é fazer gols que ajudem o Vasco a buscar as vitórias. Naturalmente sou um cara que penso sempre no coletivo. Não vou fazer um gol sozinho. É um trabalho em equipe. Então obviamente o foco coletivo é sempre colocar o Vasco como protagonista e buscando títulos. Se for possível ser campeão e artilheiro melhor ainda. Naturalmente atingir essa marca em um campeonato como o Brasileiro será ainda mais significativo.
Vegetti foi contratado pelo Vasco junto ao Belgrano, que é considerado um clube de pequeno/médio porte. Mesmo assim, o atacante conseguiu ser o artilheiro do último Campeonato Argentino com 13 gols, jogando as 27 rodadas. No Brasileirão, foram 10 gols em 21 jogos. O jogador explicou as diferenças entre as competições.
- Vejo que hoje essa diferença é grande. O futebol brasileiro está à frente do argentino, seja na questão econômica, de estrutura e do jogo de uma maneira geral. Vejo o Campeonato Brasileiro hoje entre as principais ligas do futebol mundial.
A campanha do Vasco no segundo turno foi animadora. O time ficou na 7ª posição, indício de que o elenco tem condições de realizar um Brasileirão muito mais tranquilo desde o início da competição. Vegetti tem confiança em uma grande temporada.
- Esperamos certamente coisas maiores. Foi um ano complexo para o Vasco. Existiram erros e acertos, natural para um clube que está se reestruturando e buscando o seu papel de protagonista no futebol brasileiro e sul-americano. A permanência na elite foi fundamental para que a gente pense de maneira ambiciosa o ano de 2024. Mas precisaremos trabalhar duro e sabedores de desafios ainda mais grandiosos. Mas estamos preparados.
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Você rapidamente se identificou com a torcida pelos gols, mas também pelo seu carisma de "Pirata". Como foi o contato com os torcedores nas ruas?
- Me impressionou desde o início a paixão do torcedor vascaíno. Isso contagia muito. E como fez falta no período em que ficamos sem torcida, principalmente nos jogos como mandante. Então é gostoso receber o carinho do torcedor e nos move a sempre dar algo a mais dentro de campo para levar o Vasco ao caminho das glórias.
A gente via muita interação com os companheiros. Gostaria de saber quem você teve mais proximidade e se tornou amigo?
- Construí uma grande relação com todo o grupo. Tanto os estrangeiros como os brasileiros, criei um laço de companheirismo e amizade muito grande. Poderia aqui citar alguns nomes, mas prefiro sempre enaltecer o grupo. Formamos uma família. Essa é a verdade.
Na contramão da sua simpatia, está Orellano, seu compatriota, que se notabilizou pela timidez. Ele não se destacou como você. O que falta para ele conseguir ter sucesso por aqui?
- O Orellano é um jogador muito jovem. É preciso que as pessoas entendam que cada atleta amadurece no seu tempo. Essa temporada dele no Brasil foi de muito aprendizado. Eu tenho certeza que 2024 ele estará muito mais solto e mostrará realmente todo o seu potencial. É uma grande pessoal e querido por todo o elenco
Qual foi a importância de Ramón Díaz?
- Ramón é um grande profissional do mundo da bola. Com uma história vitoriosa como jogador e treinador. Fez um grande trabalho de recuperação. Não é fácil assumir na lanterna, com praticamente um turno disputado, e ainda assim manter um grande clube na Série A diante de tanta pressão e dificuldade. É claro que contamos com ele para 2024 e será, assim como foi desde a sua chegada com a sua comissão, fundamental para termos um ano vitorioso.
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