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ANÁLISE: Barbieri tem culpa pelo mau momento do Vasco, mas não é o único que merece críticas

Treinador sofre com elenco curto e busca soluções em jogadores que deveriam apenas compor o grupo

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imagem cameraBarbieri vem sofrendo com as críticas da torcida pelo momento do Vasco (Daniel Ramalho/Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 15/05/2023
07:00
Atualizado em 15/05/2023
08:58

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O Vasco perdeu para o Santos, chegou ao seu 5º jogo sem vencer no Campeonato Brasileiro e está na beira da zona do rebaixamento, com apenas seis pontos em seis rodadas. Início desanimador após o investimento de quase R$ 110 milhões em contratações. A paciência da torcida com o técnico Maurício Barbieri parece ter chegado ao fim, mas a culpa não pertence apenas ao treinador.

Após o empate com o Coritiba, cobramos por aqui mudanças, já que o Vasco havia se tornado previsível e manjado. Com o desfalque de Andrey Santos, que está com a Seleção Brasileira Sub-20, Barbieri foi obrigado a mexer e mexeu, porém esbarrou nas limitações do elenco, que se mostra curto, mesmo com os 16 reforços que chegaram ao Cruz-Maltino para a temporada 2023.

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Galarza foi o escolhido e formou o meio-campo com Jair e Barros, que entrou na vaga do barrado Rodrigo. No ataque, Alex Teixeira, desgastado fisicamente, foi poupado de atuar por mais de 45 minutos e deu lugar a Figueiredo. Vale lembrar que Carabajal e Rwan Cruz não puderam jogar por estarem emprestados pelo Santos, o que forçou Barbieri a ter que escolher jogadores que no atual estágio de formação, deveriam compor elenco e não ser soluções para uma competição com alto grau de dificuldade como é a Série A. Grande erro no planejamento do elenco, que se mostra desequilibrado e com poucas opções.

O Vasco sabia que perderia Andrey Santos e Marlon Gomes por muitas rodadas a partir de maio por causa do Mundial Sub-20. No caso de Andrey, o Cruz-Maltino não vai contar a partir do dia 30 de junho, data que termina o empréstimo do Chelsea. Mesmo assim, trouxe apenas Mateus Carvalho, uma aposta do Náutico, e Carabajal, que não se destacou no Santos, portanto também deve ser considerado uma aposta. A próxima janela de transferências abre apenas no dia 3 de julho.

A promessa é por contratações pontuais, focando na qualidade e não na quantidade. Até lá mais sete rodadas serão disputadas pelo Vasco, que enfrentará São Paulo, Fortaleza, ambos fora, Flamengo, Internacional, no Beira-Rio, Goiás, Cuiabá, em casa, e Botafogo, no Nilton Santos.

A culpa de Barbieri

Considerando a escassez de um volante confiável além de Jair, Maurício Barbieri erra ao insistir na escalação de um meio-campo com três jogadores da posição. Dessa forma o Vasco fica previsível e sobrecarrega Alex Teixeira, que precisa jogar aberto para dar amplitude ao time, deixando Pedro Raul isolado no comando de ataque. Uma mudança de esquema parece ser a melhor opção e é uma possibilidade para o técnico vascaíno.

- Passa pela cabeça de qualquer treinador muitas ideias e possibilidades. Aí o tempo vai ensinando a gente que, apesar de todas as ideias e possibilidades, o que vai determinando é o que o campo apresenta. É entendendo quais são as respostas que o time vai dando, em funções das variações, entendendo aquilo que o adversário vai apresentar, para a gente fazer as escolhas. Sem dúvida nenhuma a presença do Alex com os três (de meio-campo) muda a maneira de jogar em relação ao Figueiredo e essa foi uma das ideias contra o Santos. A gente pode atuar com os dois juntos sem problemas como aconteceu no segundo tempo - explicou Barbieri, que completou.

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- Eu sempre faço isso. Eu vou chegar em casa e rever o jogo porque por mais que eu tente ali ter a calma e a serenidade necessárias, eu estou envolvido emocionalmente com jogo à beira do campo e a minha visão ali é uma, no vídeo é outra. Então é isso, o papel agora é rever o jogo, rever o que funcionou, o que não funcionou tão bem, o que eu posso explorar melhor, o que eu posso potencializar e levar em consideração o São Paulo. Sempre há a possibilidade (tornar o time mais ofensivo) sim.

O Vasco tem por hábito jogar no esquema 4-3-3, mas em alguns jogos da temporada, principalmente quando teve que propor o jogo, atuou no 4-2-3-1. Dessa forma, com dois volantes, dois pontas, um meia e um centroavante, o Cruz-Maltino foi escalado desde o início em seis jogos, com cinco vitórias (Boavista, Trem, Nova Iguaçu, Resende e Portuguesa-RJ) e uma derrota (Volta Redonda). Evidentemente que o nível dos adversários não se compara com os rivais do Campeonato Brasileiro, mas vale o risco, já que a formação atual não está funcionando.

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