ANÁLISE: Flamengo pode até não ser ‘bicho-papão’, mas aterroriza o Vasco

Em entrevista antes do jogo da volta da semifinal do Campeonato Carioca entre Flamengo e Vasco, o recém-contratado Nuno Moreira se disse confiante para o confronto, já que o Flamengo não é "nenhum bicho-papão". Apesar da imensa superioridade rubro-negra, Nuno pode estar certo sobre o rival, mas estava errado quando acreditou em uma reversão de cenário.

- É um jogo intenso, dois grandes times. Não acho que (o Flamengo) seja nenhum bicho-papão. Hoje mostramos que temos muita qualidade e estou muito confiante que podemos reverter o resultado - disse o novo reforço do Vasco, Nuno Moreira.

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O entusiasta vascaíno fez sua parte e marcou o gol que abriu o placar no Clássico dos Milhões, mas, outra vez, não foi suficiente. O Vasco viu o Flamengo virar e dominar completamente o jogo nos minutos que se seguiam.

Antes o problema estivesse no resultado deste jogo, afinal, foi um curto placar que afastou o Vasco da final. O buraco é bem mais fundo que um mero placar.

O Cruz-Maltino foi intenso e organizado nos primeiros minutos, mas tudo começa a cair de produção junto com a preparação física dos jogadores. Após os 25 minutos, o Vasco não esteve mais em campo, e falta de opções no banco obrigou o treinador a manter peças nulas jogando. Marcadores que não marcam e atacantes que não atacam.

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Assim sendo, o Vasco parou de produzir. Ofensivamente e defensivamente. Esta inferioridade pode ser vista nos números da partida. Foram 18 chutes do Flamengo contra apenas quatro do Vasco. Quase o dobro de passes completos (403 x 285).

Polêmicas de arbitragem a parte, a impressão é que, a quase 20 dias do início do Brasileirão, falta tudo: confiança, preparo físico, organização, entrosamento, peças... O alerta está ligado! Só resta erguer a cabeça e trabalhar pela volta por cima.