Análise: venda de Marrony é positiva para o jogador e para os dois clubes
Vasco ameniza seus problemas financeiros, Atlético-MG ganha opção versátil por um valor que pode gerar lucro e o jogador passa a defender clube mais estável. E com Sampaoli
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A novela acabou. Marrony deixou de ser jogador do Vasco e passará a defender o Atlético-MG. Terminada a negociação, é hora de colocar na balança: valeu a pena? Para quem? Entendo que sim, valeu. E para as três partes envolvidas.
No caso do Vasco, a necessidade financeira é gigantesca e o montante que chegará aos cofres do clube pela negociação servirão para amenizar consideravelmente as dívidas salariais. Mas não apenas por isso o negócio é positivo.
Com 21 anos, Marrony era um dos ativos que o clube via como possível para melhorar o quadro financeiro. Não o único. Mas a vantagem de ser Marrony o negociado é que, na função em que ele acredita ser melhor, no Vasco atual, ele é reserva.
Mesmo tendo jogado 13 dos 14 jogos neste ano. Quase sempre foi pela direita do ataque, e sem bom desempenho - em que pese a baixa produtividade de toda a equipe. Benítez foi contratado e aquele lado é o melhor dele; na esquerda, Talles Magno é o destaque; Cano reina no comando. Um provável reserva foi vendido. Dos males o menor.
Para o Atlético-MG, os tempos de investimento fazem com que problemas financeiros não sejam a maior preocupação. E se há dinheiro em caixa, olha-se para o campo: Marrony vai ser uma opção a mais na concorrida ponta esquerda do Galo e poderá contribuir até mais no comando de ataque.
Embora não seja a preferida dele, foi na função de atacante central que Marrony agradou mais a Vanderlei Luxemburgo, técnico cruz-maltino no Campeonato Brasileiro do ano passado. Uma vez que Ricardo Oliveira e Franco di Santo não fazem parte dos planos, Diego Tardelli é o principal concorrente para a faixa central. Opção a mais por um valor (R$ 20 milhões) que o Galo pode pagar. E, apostando no desenvolvimento do jogador, há possibilidade de lucro futuro.
Para o jogador: Marrony deixa um clube repleto de problemas financeiros e com pouca perspectiva de disputa em alto nível no curto prazo e chega num Galo em viés de alta: investimentos, reforços e um treinador, Jorge Sampaoli, conhecido por montar equipes com volume ofensivo e por desenvolver jogadores.
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