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Ao sair de campo irritado, Nenê repete, no Vasco, cena que já aconteceu em outros clubes

No São Paulo e no Fluminense, o meia também demonstrou insatisfação publicamente ao ser substituído, episódio que voltou a acontecer na estreia do Cruz-Maltino na Série B

Vasco x Vila Nova
Nenê teve atuação irregular contra o Vila Nova (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

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Em um jogo ruim tecnicamente e decepcionante para a torcida do Vasco, uma cena chamou a atenção no empate em 1 a 1 com o Vila Nova, na última sexta-feira, em São Januário, pela primeira rodada da Série B. Aos 24' do segundo tempo, o meia Nenê foi substituído por Getúlio e ficou visivelmente incomodado com a opção do técnico Zé Ricardo. Mas episódios como esse não são novidades envolvendo o camisa 10.

Nos seus dois últimos clubes antes desta passagem pelo Vasco, Nenê teve rusgas públicas com treinadores. Em 2018, quando atuava pelo São Paulo, o meia de 40 anos demonstrou insatisfação ao menos três vezes. Duas foram mais claras: A primeira, contra, contra o Cruzeiro, na 16ª rodada, no Mineirão, quando foi substituído durante o segundo tempo e chegou a dizer "não entendi, professor" para o então técnico Diego Aguirre, além de sair de campo balançando a cabeça. Na reta final do Brasileiro daquele ano, Nenê perdeu espaço no time.

Depois, 32ª rodada, no empate em 2 a 2 com o Flamengo, o jogador não entrou em campo e ficou no banco durante os 90 minutos. Irritado, o atleta deixou o Morumbi logo após o apito final, passando direto pela zona mista, sem falar com a imprensa. Na ocasião, Lugano, então superintendente de relação institucionais do São Paulo, chegou a comentar sobre o "biquinho" de Nenê por perder espaço no time.

- Já joguei com Nenê. Conheço muito bem. O mesmo biquinho que faz no São Paulo, ele fazia comigo no Paris, fazia no Catar, fazia sempre. Quando Nenê chegou ao São Paulo, já veio com isso. No pacote Nenê está incluído o biquinho quando não joga - afirmou Lugano, na época.

Em 2019, Nenê se transferiu para o Fluminense e teve bons momentos pelo clube, mas a reta final da sua passagem teve um episódio parecido. O meia tina a confiança e era nome importante do time de Roger Machado, mas começou a perder espaço o time após a derrota por 1 a 0 para o América-MG, em agosto de 2021, pelo Brasileiro, quando chutou uma placa de publicidade ao ser substituído. Depois dessa partida, o jogador não foi mais titular no Fluminense, até rescindir o contrato em setembro e assinar com o Vasco.

Desde o fim de 2021 no Cruz-Maltino, Nenê é um dos líderes técnicos e do vestiário do time. Titular absoluto, o meia esteve em campo em 13 dos 16 jogos do time no ano, sempre começando jogando. Ele foi substituído cinco vezes. Contra o Vila Nova, na última sexta, foi a vez em que ele saiu de campo mais cedo. E saiu irritado, reclamando com Zé Ricardo e jogando a braçadeira de capitão no gramado. Depois da partida, o próprio técnico colocou panos quentes na polêmica.

- Entendo que é uma reação de quem quer estar em campo, não vou polemizar isso, a gente resolve entre a gente. Se tiver que tomar alguma decisão, tomo sem problema algum enquanto eu estiver à frente. E sempre pensando no bem do Vasco - afirmou Zé Ricardo em coletiva.

O histórico recente indica que o Zé Ricardo pode ter um problema para resolver caso decida testar outras formações do time do Vasco ou queira mudar o time durante os jogos. A ver nas próximas rodadas na Série B.

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