Atuação contra o Corinthians simboliza a limitação do Vasco e justifica o iminente rebaixamento
Time foi ofensivamente estéril, como já se tornou comum na temporada e vem sendo mais ainda nos últimos jogos
Era o jogo mais importante do Vasco em dois anos. Valia a respiração sem aparelhos no Campeonato Brasileiro. Esportivamente, esta era a analogia possível. O time, então, precisaria jogar o melhor futebol possível e superar uma equipe do meio da tabela. Nada aconteceu. O Cruz-Maltino merece a posição que ocupa e o destino para a próxima temporada.
O mais próximo do gol que o time de Vanderlei Luxemburgo conseguiu chegar foi o cruzamento impreciso de Carlinhos que virou um chute e quase encobriu Cássio. Bola na trave. Um time que precisa ganhar e não consegue um volume ofensivo mínimo não pode se queixar nem da ausência de Benítez, lesionado.
Tampouco a reclamação sobre os erros da arbitragem, mesmo a trapalhada do VAR no jogo contra o Internacional. O clube busca o que lhe entende ser justo, mas a verdade é que o Vasco não fez a parte que mais lhe cabia: não jogou bem quase nunca.
E é possível jogar bem de diferentes formas. Times mais qualificados tentam gerar grande número de chances, encurralando o rival. É possível também, noutro modo, se defender de maneira firme e atacar de modo letal. Nada disso é novidade no futebol. A receita para o fracasso é quando nada se vê em campo.
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O Vasco praticamente não existiu ofensivamente contra o Timão. Nada mais que um reflexo do time na temporada. Quinto pior ataque do campeonato. Há cinco partidas sem fazer um gol. Imperdoável. A defesa evoluiu e também não foi vazada, mas já era tarde.
As falhas do Vasco, que se avolumaram nos últimos anos, se traduziram de maneira melancólica neste domingo. O que se viu em Itaquera foi um símbolo do quase nada que foi o time cruz-maltino na temporada.