Breno, Ramon, Ricardo Graça e testes: Ramon Menezes fala ao L!
Técnico do Vasco participou do 'De casa com o LANCE!' desta quinta-feira e respondeu sobre diferentes temas, incluindo sobre a utilização dos jogadores citados acima
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Ramon Menezes é técnico efetivado do time principal do Vasco desde março, mas a pandemia de Covid-19 lhe fez ir à beira do gramado somente nas últimas semanas. O início já foi bem sucedido e, agora, ele prepara o time rumo ao Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, ele participou do "De casa com o LANCE!" e falou sobre temas relevantes para o Cruz-Maltino Atual. Confira após o vídeo abaixo a segunda parte da entrevista.
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- Futebol, para mim, é ter o controle das ações e dificultar ao máximo as ações dos adversários. Futebol é um risco, e você tem que correr esse risco, tem que querer jogar futebol. Ao pensar num todo, com as características dos atletas, vi que tínhamos variedades. Estamos trabalhando em busca do equilíbrio, porque não adiantar só atacar pois corre risco do contra-ataque. No posicionamento há variações, que começam lá na frente, até mesmo em cima de plataformas. Isso tem sido trabalhado no dia a dia - afirmou o treinador, que concluiu:
'Futebol é isso: tem que correr o risco, controlar as ações e dificultar ao máximo os adversários'
- Nós sabemos da dificuldade do nível técnico de uma competição como o Brasileiro. Mas futebol é isso: tem que correr o risco, controlar as ações e dificultar ao máximo os adversários. Tem que ter prazer de jogar futebol e, quando não tiver a bola, tem que recompor. Sabemos das dificuldades do Brasileiro e temos uma competição muito importante para o clube que é a Copa do Brasil, na qual temos que reverter uma derrota na casa do adversário. Mas, até lá, estaremos preparados. O Vasco tem muita chance na Sul-Americana. É uma mescla de jogadores jovens e experientes, e estou muito satisfeito com isso até então - garante.
Após a partida contra o Madureira - vitória que não foi suficiente para a classificação à semifinal da Taça Rio - Ramon Menezes afirmou que a roubada de bola após a perda era um ponto que demandava aperfeiçoamento. Hoje, parece estar mais satisfeito, mas quer mais evolução do time.
- A coisa mais fácil é trabalhar a pós-perda. Isso tem que ser organizado também porque, dependendo do momento e do local em que você perde a bola, você precisa ter os jogadores específicos daquela região do campo para fazer o pós-perda. Estamos trabalhando muito na reação, que é muito importante no futebol - acredita.
Durante o "De casa com o LANCE!", houve perguntas sobre Ricardo Graça. O zagueiro, mesmo canhoto, vem jogando pelo lado direito da defesa. Houve pedidos para o defensor atuar como lateral-esquerdo e como volante.
- O Ricardo evoluiu muito desde 2019 e se tornou uma referência. Quando teve a chance de jogar, foi muito bem e está trabalhando muito, já entende tudo aquilo que pedimos. Ele pode jogar pelo lado esquerdo ou direito, mesmo sendo canhoto. É um jogador técnico e rápido, é bom no alto e se posiciona bem. Acho que ele não tem dificuldade de jogar como zagueiro. De volante acho que é uma mudança, já que temos jogadores nessa posição - ponderou.
Outros dois jogadores que sempre despertam a curiosidade da torcida não entram em campo há cerca de dois anos. Por diferentes lesões e cirurgias, o zagueiro Breno e o lateral-esquerdo Ramon ainda não estão à disposição para entrar em campo.
- O Breno está treinando com a gente e dando sequência à busca do seu melhor condicionamento físico. O Ramon ainda não foi para campo. São jogadores importantes para o clube e esperamos a recuperação para nos ajudarem. O Vasco tem uma equipe de trabalho muito boa. Quando eles (Breno e Ramon) estiverem 100% à nossa disposição, terão tudo para nos ajudar - almeja o treinador.
Ramon Menezes só lamenta que não vai enfrentar adversários de primeira divisão antes da estreia do Vasco no Campeonato Brasileiro. Houve negociação embrionária para um torneio amistoso, mas que não prosperou. Houve um jogo-treino contra o Porto Velho-RO e outro contra o Macaé. A partida contra o Palmeiras está prevista para o dia 9 de agosto, em São Paulo (SP).
- Estamos fazendo testes nesse período. Queria ter feito jogos com adversários de um nível maior de dificuldade, mas tivemos dificuldades para encontrar. Sabemos da dificuldade do Brasileiro e já vamos estrear contra o Palmeiras. Nosso planejamento, nesse momento (no início do Brasileirão): é lógico que, temos três jogos, sendo um fora e dois em casa, e em casa é fundamental vencer. É lógico que, jogando bem fora de casa, você trará uma confiança muito grande. Acho muito importante a confiança e o jogar bem, e aí cai tudo sobre aquilo que penso de jogar futebol, que é ter prazer de jogar. Você tem que somar pontos e tem que buscar o resultado - explica.
Esta é a quinta experiência de Ramon Menezes à beira do gramado - as outras quatro em times de menor expressão. No Vasco, ele vinha sendo o auxiliar que assiste ao jogo do camarote e passa informações durante a partida, além de descer para vestiário no intervalo. E revela o que muda entre as funções.
- É diferente. Em cima você sabe que tem um treinador na beira do campo. Todas as vezes que você passa alguma coisa, é algo que você está vendo e é para ajudá-lo. E quando vai para o vestiário, você se coloca à disposição para tirar uma dúvida, mas sempre se mantendo no seu lugar de auxiliar. Como treinador, você está vendo tudo aquilo que você programou e suas ideias, e pode fazer qualquer tipo de correção. Quem estiver lá em cima tem que ser alguém da sua confiança para te avisar de fazer mudanças. Mas ali de perto você pode fazer qualquer correção na hora - compara.
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