Campello explica escolha por Ramon, avalia calendário e destaca ‘esforço’ por pagamento de salários
Presidente do Vasco dá entrevista ao canal oficial do clube e aborda o momento vivido pelo clube e pelo país com a pandemia de coronavírus
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Em vídeo publicado nesta quinta-feira pela "VascoTV", o presidente Alexandre Campello comentou diversos temas de interesse do Vasco. Entre eles, a escolha por Ramon Menezes como treinador, além dos retornos de Antônio Lopes (coordenador-técnico) e José Luis Moreira (vice de futebol). Um dos assuntos mais importantes, porém, é o pagamento de salários. Na quarta, o clube zerou as dívidas da CLT referentes a 2019.
- Apesar das dificuldades financeiras, a diretoria tem feito um esforço muito grande para equacionar o problema dos salários. É um esforço que envolve todos os departamentos do clube. Esses recursos têm sempre como prioridade o pagamento de salários. Continuamos construindo as possibilidades do aumento de recursos para que consiga honrar os compromissos - explicou.
Sobre Ramon, Campello admitiu que o Vasco pensou em treinadores estrangeiros, mas a incerteza se o trabalho daria certo e a impossibilidade financeira de contratar um técnico brasileiro de mais nome pesaram. Além disso, ele reforçou que as escolhas por José Luis Moreira e Antônio Lopes tem a ver com experiência e conhecimento sobre o Cruz-Maltino.
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- O que norteou a escolha do técnico foi a incerteza de trazer um treinador de fora. O fato de um ou dois técnicos estrangeiros terem dado certo no Brasil não significa que qualquer um terá o mesmo resultado. Inúmeros outros não foram bem. Para trazer alguém do Brasil que não fosse de peso, preferimos optar pelo Ramon, que é bastante atualizado, estudioso, conhece profundamente o Vasco, tem demonstrado capacidade dentro do clube. Foi auxiliar do Vanderlei e do Abel, sempre com um trabalho bom. Temos convicção de que o Ramon tem todas as condições e é um profissional com capacidade de estar à frente da nossa equipe - avaliou.
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Calendário
Se voltar a partir de maio, temos a possibilidade de cumprir com todo calendário do futebol até o final do ano, mas entendendo que, em função das férias, as atividades vão avançar pelo mês de dezembro até próximo do Natal. Se a paralisação permanecer nos meses de junho ou julho, provavelmente trará um impacto real nas competições, com perda de receitas. Hoje, não existe uma solução por conta da incerteza. Uma das possibilidades é reduzir os vencimentos dos atletas ou da comissão técnica. Estamos trabalhando junto ao poder público com a suspensão de pagamentos de tributos e obrigações. Junto às entidades bancárias pedindo a prorrogação dos prazos e renegociando compromissos. Tentando buscar receitas alternativas.
Mudanças no futebol em 2020
Fizemos um esforço a partir do fim do ano passado, que foi uma temporada difícil, em que algumas previsões de captação de recursos financeiros acabaram não acontecendo. O mais importante entre eles a falta de venda de jogadores. E, apesar de toda essa dificuldade, nós buscamos manter uma equipe que fosse competitiva. Fizemos o esforço de renovar com o Guarín, trazer o Cano, entendendo que era uma solicitação da torcida. Trouxemos o Benítez. Foram três reforços. Por outro lado, alguns contratos que terminaram em 2019 nós não renovamos e escolhemos dar aos nossos jogadores de base a oportunidade de mostrar o valor. A base do Vasco teve um desempenho muito bom ano passado, com a revelação de muitos jogadores que precisavam de espaço. Não tivemos grandes resultados, o Guarín demorou a renovar, foi uma das dificuldades, o Talles teve contusões. Tudo isso criou dificuldades.
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