O Vasco tem sofrido com salários atrasados, teve orçamento reduzido para investir em contratações nesta temporada, mas a perspectiva é de melhora. Pelo menos é no que acredita o presidente do clube, Alexandre Campello. Em entrevista à Rádio Globo, o mandatário afirmou que o trabalho desenvolvido pela diretoria que comanda tem sido de priorização da combalida parte financeira do clube.
- Mantendo essa trajetória, essa firmeza que nós temos tido no que diz respeito ao equacionamento da dívida na e busca de novas receitas, acredito que em dois anos o clube esteja saudável, com superávit, com poder de investimento no futebol, nas instalações e no patrimônio. Mas o clube passaria a ter poder de investimento a partir de 2020 - afirmou, na noite da última segunda-feira.
De fato, a gestão Campello vem trabalhando - especialmente a vice-presidência de Controladoria, comandada por Adriano Mendes - para a redução da dívida. E o mandatário ponderou que não é todo o passivo que gera problemas no curto prazo vascaíno.
- O Vasco tem R$ 300 milhões, R$ 350 milhões de dívidas fiscais equacionadas. O grande problema são R$ 250 milhões de curto prazo com penhoras imediatas. Para se ter ideia, o dinheiro dos direito de transmissão, desde janeiro não recebemos nenhum centavo. Tudo já estava comprometido com banco e penhora. O trabalho que vem sendo feito é de reduzir esses valores, pagando à vista, menor, e transformando outras em dívidas de longo prazo. No momento em que conseguirmos equacionar isso, o Vasco vai estar numa condição de sobreviver decentemente - avisou, antes de pregar calma:
- Isso não se faz da noite para o dia. Você não pega um transatlântico como é o vasco, gira o timão todo para a esquerda e consegue fazer com que o clube reaja imediatamente. Que o torcedor vascaíno entenda que a gestão está no caminho certo. Estamos caminhando a passos largos para resolver os problemas financeiros, mas isso leva um tempo. Não é no primeiro ano, no segundo... você vai conseguir resolver essas questões em três, quatro anos - entende o presidente.