Carille nega contato do Corinthians para deixar o Vasco: ‘100% focado’
Cruz-Maltino empatou com o Flamengo na 5ª rodada do Campeonato Brasileiro

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Fábio Carille negou ter recebido qualquer tipo de contato para comandar o Corinthians. Em coletiva após o empate com o Flamengo, no Maracanã, o técnico disse que está 100% focado no Vasco.
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- Vindo para cá, eu vi uma coisa no Instagram sobre isso. Não tem nada. Coisas de imprensa, a gente sabe que é assim que funciona. Nesse caso, já foi Dorival, já foi Tite, daqui a pouco aparece o meu. Sei que é o trabalho de vocês, eu entendo. Mas focado aqui, 100% aqui. Não tive contato de ninguém, principalmente dos meus empresários que teriam que ser os primeiros a falar. Por enquanto, só coisa (rumor) de imprensa - afirmou.
Carille também aproveitou para reforçar que está satisfeito com o elenco que tem em mãos. O técnico do Vasco desabafou e disse que pode ser que a gestão de Pedrinho não tenha títulos, mas está preparando o clube para o futuro.
- Quando acerto com o Vasco em dezembro, foram muito claros que não teria loucuras. Sabemos o quanto o futebol está caro. Sabemos do papel do presidente e da diretoria para colocar o clube em ordem. Pagamento em dia, melhores condições, mas não vai loucura. Com o caráter que tenho não posso ficar falando nada. Eu tenho que trabalhar com esse grupo, passar confiança, sabemos que podemos em cima desse time. Não tenho que ficar aqui com a imprensa: 'Não, que eu preciso...' Já foi falado em dezembro a condição do clube. 'Está satisfeito?' Sim. Estou satisfeito, sim. Porque foi isso que foi passado para mim em dezembro. No dia 19, nas reuniões com o Felipe, Pedro, Marcelo Santana, com quem falei antes de uma definição. Sei que tem política, isso e aquilo, mas o Pedrinho tem feito um trabalho magnífico. Talvez esses três anos do Pedrinho não tenham um título, mas vai ser uma preparação para que o Vasco ali na frente voltar a ser forte, a ter caixa, volte a fazer loucuras como fez lá atrás. Se a diretoria falar que clareou e entrou patrocínio, na janela do meio do ano, nós atacamos. Não foi o que aconteceu até agora. Estou satisfeito, sim. A conversa foi muito franca. É esse grupo. Chegaram jogadores que deram uma resposta legal, outros, menos, faz parte do processo de quem chega ao país. Acredito que podemos chegar longe, não sei onde. Só quero que a gente tenha um equilíbrio melhor. Não pode fazer um jogo aqui (em cima) e outro aqui (embaixo). Prefiro que seja um time nota 6 em todo jogo do que um jogo 8 e outro, 3. Que tenha uma regularidade, essa vai ser a busca - disse o técnico do Vasco.
O Vasco volta a campo para disputar a 3ª rodada do Grupo G da Sul-Americana. O Cruz-Maltino recebe o Lanús, às 21h30 (de Brasília) desta terça-feira (22), em São Januário.

Confira mais respostas de Fábio Carille, técnico do Vasco:
ANÁLISE DA PARTIDA
- A gente vem nessa sequência como todos. Nesses grandes jogos precisa ser intenso. O que me deixou mais feliz foi o comportamento, algo que pedi no intervalo no jogo do Ceará. Perder, ganhar e empatar faz parte, mas da forma que acontece. Nós e os jogadores indignados com o comportamento lá. Hoje teve um comportamento positivo. Sei que o Léo foi considerado o melhor jogador em campo, mas a gente criou também. Se tivesse um pouco mais de capricho poderia ter finalizado em gols. A resposta desse grupo foi muito boa.
- Apesar das nossas dificuldades, estamos no Vasco. Então foi empate com sabor de empate. Empatamos, um ponto, mas queríamos ganhar. Faltou melhorar em uma decisão final, finalização, um capricho melhor no terço final para que pudessemos ter feito um gol.
NUNO MOREIRA PREOCUPA?
- Nuno não saiu machucado, (saiu por) cansaço, ainda está nesse processo de entender a sequência de jogos, entendendo o que é nosso país. Você vai conversar com ele, tudo é novidade, altitude, sequência de jogos. Do jogo do Santos até o fim do mês serão 10 jogos. Está bem, acredito que não tem nenhum problema por ordem médica e vamos esperar a parte física.
ZUCCARELLO
- Sobre o Zuccarello, eu já falei aqui que quero abrir espaço para os meninos, e as vezes que eu dei oportunidade ele correspondeu. Até mesmo um clássico contra o Flamengo aqui, fez um jogo legal, fez um jogo bom.
LOIDE
- O Loide em relação ao Garré e ao Nuno é que está demorando um pouquinho mais para entender e se adaptar e isso faz parte. O nosso papel é explicar e ele vai entender o que é o Vasco e daqui a pouquinho vai ter suas oportunidades.
SÃO JANUÁRIO X MARACANÃ
- Já falei isso algumas vezes, todos os jogos do Vasco, se possível, eu quero jogar em São Januário. É a nossa casa, já falei que é difícil jogar lá, como atleta e técnico já joguei (contra) e sei como é, mas a gente sabe que a polícia não libera para esse jogo, então não temos muita escolha. E sobre isso, terça temos uma decisão e eu espero demais o apoio do torcedor. Jojo importante, duas equipes com 4 pontos, um só classifica (na fase de grupos) outro vai para a repescagem, vai ser muito importante a torcida ir e nos apoiar porque sabemos o quanto isso nos torna mais forte.
JOÃO VICTOR
- Eu que lancei ele no Corinthians (João Victor) em 2019, conheço bem. Ainda esse ano teve altos e baixos com decisões erradas. Temos cobrado para que ele ere menos, acerte mais, seja mais simples, dar uma "zagueirada". Zagueiro bom é aquele que não toma gol. Muitas vezes quer sair jogando limpo e se perde. Alguns momento um bico para zagueiro pe legal. Tem algumas virtudes que para zagueiro é muito importante.
OPORTUNIDADES
- Pra falar do jogo eu gosto de analisar para falar, mas teve três oportunidades no segundo tempo. Teve uma com o PH, que se ele chega terminando bem, a gente chega com a área bem preenchida. Teve uma outra com o PH que eu não lembro o que aconteceu, mas lembro de duas assim.
QUEDA DO DESEMPENHO
- Acho que no final do jogo, a gente deixou de jogar. Tivemos opção de ter passe, mas preferimos isolar e se fechar. A decisão nao foi de ficar com a bola, mas se desfazer dela. Isso a gente tinha trabalhado para o jogo, mas acabou fugindo um pouco na parte final. Tivemos chances de fazer passes, depois vamos assistir para saber o motivo, mas fiquei com a sensação que a gente se desfez da bola, mas poderíamos ter tentado tocar mais. E as nossas substituições não funcionaram porque não ficamos com a bola.
PRIORIDADE NA TEMPORADA
- Não tem prioridade, vamos com o melhor que a gente tiver para o jogo de terça. Para esse jogo contra o Lanús, sim, preocupa, mas depois a gente vai ter de terça para domingo e domingo para quinta (sequência de jogos). Depois volta a apertar. Ainda bem que teremos um dia a mais para respirar de um jogo para o outro.
SEQUÊNCIA FORA DO RIO
- O jogo do Corinthians não jogou bem, não funcionou e trouxe a responsabilidade para eu fazer mudança, mas não tinha outro caminho. O jogo do Santos tivemos que buscar resultado, na altitude, lá para sábado, quando eu falei com os jogadores senti um desgaste muito grande. Teria que tomar essa decisão em algum momento. A Sul-Americana é muito curta, então decidi mexer contra o Corinthians.
- É algo que me preocupa, sim. Nossa portura, comportamento fora... E isso é um trabalho meu de começar a falar e acordar eles. Não podemos chegar e aceitar. Vai ter a atmosfera da torcida, mas temos que fazer por merecer. Temos que ter sempre o mesmo comportamento em casa e fora.
DESEMPENHO DA DEFESA CONTRA O FLAMENGO
- Temos trabalhado bastante, mas tem coisas que fogem da mão do técnico que é a tomada da decisão melhor, escolha, tirada, aliviar a bola para um setor em que você fique tranquilo. Hoje teve hora que a gente quis driblar e o Flamengo ficou com a bola dentro da nossa área. É zona de segurança, não precisa correr esse risco. Flamengo é difícil de marcar. Sei que criou, mas a gente sai sem gols e mostra que podemos melhorar e temos condições de fazer melhor na parte defensiva.
RAYAN
- O Garré é um meia que joga de lado, não é de buscar profundidade. A gente sabe que o Flamengo joga com a linha alta, com o Rayan a gente teria mais essa forma de agredir o adversário e por isso a escolha. Fez um jogo bom enquanto aguentou. Talvez pelo cansaço. Garré para espaço menores, como contra o Sport, com a linha mais baixa, é mais móvel, inteligente e mais fácil para entrar. Contra linha alta, talvez eu vá optar por jogadores que ataquem mais o espaço.
JAIR
- Sei que o Paulinho me dá mais intensidade, mas também sei que o Jair me dá mais jogo. A gente precisava ficar mais com a bola, um saída qualificada de trás. Tenho a impressão de que ele fez um ótimo jogo. Tem alternado em bons e maus momentos este ano. Mas a escolha foi para que a gente tivesse mais controle, um cara mais posicional, o Paulinho já é de buscar longe, mais intenso.
PAULINHO
- Eu já fiz isso com Paulinho, e para ser sincero não gostei muito. Não sei se precisa treinar mais para rodar mais. Paulinho me deu muito na parte defensiva, mas faltou a gente criar. Para fechar espaço, legal, mas para agredir faltou um pouco. Nesse momento não, mas não vejo assim, com as opções que eu tenho, usar o Paulinho de lado novamente.
POSTURA DO VASCO
- Esse vai ser o trabalho, conscientizar de que a gente pode (ir longe). Muitas vezes, a gente fica preso ao jogo com o Ceará, mas fizemos dois jogos antes legais. Contra o Melgar foi 1 a 0, mas poderíamos ter feito mais. Se fosse três, quatro não tinha nada de errado. Contra o Sport a gente começa bem, a gente se perde um pouco, mas faz o primeiro mesmo assim. E terminou com uma partida bem legal. Ceará nada. E agora voltamos a fazer uma partida competitiva. Não pode ser só com o Flamengo, tem que ser sempre. Terça a gente tem um caminhãozinho de areia para descarregar, time argentino, Sul-Americana.
FAVORISTISMO DO RIVAL?
- A gente sabe do time do Flamengo, o que conquistou nos últimos anos, o tempo que está junto. A gente fica feliz pelo resultado, mas a gente com a camisa do Vasco tem querer mais. A gente teve chance de terminar melhor algumas jogadas. Teve o lance do PH na trave, o lance do Nuno. Teve chance para sair com a vitória. Sei do processo, o ponto que estamos mas a gente tem que sempre acreditar que dá para fazer mais.
CONDIÇÃO DO ADSON
- O Adson fez 45 minutos contra o Ceará e sentiu novamente. É o processo… Se está inteiro, vem pelo menos para uma parte do jogo e isso não foi o caso. Na terça eu não sei se tenho ele para o jogo.
ATUAÇÃO NO SEGUNDO TEMPO
- Pelo lado direito, nossa maior dificuldade: o Rayan estava subindo no lateral e o Arrascaeta caindo dali e o Michael prendendo o PH. Como é um time que tem muitos jogadores por dentro, ficava ruim do Jair sair lá para abrir o meio, que é o que eles queriam. Então no segundo tempo, trouxe o Rayan para ficar na linha do Jair e o Arrascaeta não ter o espaço na nossa última linha. Só foi isso. Trazer o Rayan para a linha dos volantes, deixando o lateral com a bola e teve uma mudança significante.
VASCO MAIS COMPACTO
- Eu ainda estou com a visão do jogo com o calor do jogo. Eu acho que a gente demorou para subir novamente. Demoramos, é que a gente pressionou e dificultou com essa bola por dentro. A gente precisa melhorar isso, ainda mais jogando com Freitas e com João que são jogadores muito rápidos. Se é outra característica, você se preocupa mais, como é o caso do Flamengo. A gente poderia ter subir mais rápido, mas houve uma melhora, sim, mas eu quero melhorar muito mais isso para que a gente fique compacto.
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