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Ao L!, Castan explica fim da greve de entrevistas e cita motivos para início ruim do Vasco

Capitão fala sobre o ano de regularidade e sem lesões e elogia o técnico Abel Braga, que não resistiu no cargo após três meses de trabalho no Cruz-Maltino

Veja imagens de Leandro Castan pelo Vasco
imagem camera(Foto: Rafael Ribeiro / Vasco.com.br)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 05/04/2020
13:22
Atualizado em 06/04/2020
06:00

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Os problemas financeiros enfrentados pelo Vasco não são novidade. Apesar de algumas declarações que evidenciavam a insatisfação pelo atraso salarial, o elenco cruz-maltino evitava criticar a diretoria publicamente. Entretanto, os jogadores decidiram implantar uma "lei do silêncio" como forma de protesto e deixaram de conceder entrevistas à imprensa. No último dia 24, a greve de pouco menos de um mês foi encerrada pelos atletas. A decisão, tomada por todo grupo, inclui uma série de fatores. Em entrevista ao LANCE!, o zagueiro e capitão do time, Leandro Castan, explica o fim do ato.

- O assunto da greve é interno, eu prefiro deixar assim. Infelizmente o Vasco passa por esse problema e achamos que era o momento de fazer alguma coisa. Sempre protegemos muito o presidente e a diretoria, mas achamos que era hora de agir. Sabemos que o Vasco não tem condições de pagar todas as dívidas que tem, mas, naquele momento, a gente propôs que fosse pago uma folha salarial para todos, atletas, funcionários, PJ, tudo, e assim foi. O presidente conseguiu. Voltamos a falar também porque até nesse momento de dificuldades o clube precisa se movimentar, fazer trabalhos com a Vasco TV e outras coisas, não pode ficar parado. Espero que isso não aconteça mais, que as coisas se resolvam. O Vasco é um clube grande, de muita tradição, torço para que a diretoria consiga colocar a casa em ordem e fazer um grande ano.

Fora de campo a diretoria trabalha para reduzir as dívidas com jogadores e funcionários, que ainda precisam receber janeiro e fevereiro (exceto aqueles que ganham menos de R$ 1.800, que já ganharam o dinheiro referente a janeiro). Alguns do elenco ainda tem quase oito meses de direitos de imagem em atraso. O mês de março, conforme acordo interno, vence só no dia 20.

Dentro das quatro linhas o cenário também não anima. Em 2020, foram 14 jogos, com quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas, além de oito gols marcados e 10 sofridos. No Carioca, as chances de classificação para as semifinais do Estadual são mínimas. Na Copa do Brasil, o Goiás venceu o jogo de ida da segunda fase por 1 a 0 em São Januário. Já na Sul-Americana, a equipe aguarda o próximo adversário.

- Acho que foi um começo difícil para nós. Teve a troca do treinador, muitos jogadores que foram importantes e foram embora. Depois, alguns jovens que subiram para o profissional só neste ano. E o começo não é fácil. Quando você tem uma reformulação e tivemos apenas oito dias de treinamento para começar o Campeonato Carioca. Todos esses fatores, ligados a outros também, acabam atrapalhando. Mas estou confiante. Acho que podemos ter um ano bom ainda, terminar em alta. Na temporada passada começamos muito bem e depois o time ficou desgastado, não conseguiu manter. Espero que 2020 seja diferente e que a gente consiga fazer um grande Brasileiro - avaliou Castan.

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Apesar de o time não ter tido atuações muito boas, você foi um dos que mais mostrou segurança e regularidade nesses primeiros meses. Como você avalia seu ano até essa parada?


Estou conseguindo manter uma regularidade boa. Acho que a minha carreira toda foi assim. Minha principal virtude é a regularidade. Ano passado tive uma lesão, fiquei um bom tempo parado. Esse ano eu me cuidei mais nas férias, coloquei na cabeça que precisava cuidar mais na alimentação e nos treinamentos para fazer um grande ano. A minha expectativa ainda é fazer um grande ano, melhor do que 2019. A vida do atleta é de superação e eu quero me superar sempre. Na minha cabeça, quanto mais velho eu estiver, quero estar ainda melhor. Estou me dedicando muito para fazer esse ano melhor do que o passado. Tenho certeza que assim vai ser.

'O Vasco é um clube grande, de muita tradição, torço para que a diretoria consiga colocar a casa em ordem e fazer um grande ano'

Qual é o caminho para o Vasco ter sucesso na volta dos campeonatos?

Tem que ter muita tranquilidade. Que as coisas extra-campo sejam resolvidas para que essa rapaziada tenha tranquilidade de jogar futebol. Acredito muito nesse grupo. É jovem, de muita qualidade. Tenho certeza que com todo mundo junto, torcida, atletas e direção, podemos fazer um grande ano. Está apenas começando. O Carioca sabemos que é importante. Ainda temos chance na Taça Rio, mas é difícil. Avançamos na Copa do Brasil e na Sul-Americana, tem o Brasileirão pela frente. Acredito muito nesse time e que o Vasco pode fazer um grande ano.

Como foi o trabalho com o Abel? Por que você acredita que não deu certo?


Para mim foi uma honra muito grande trabalhar com o Abel. É um cara vencedor, que foi campeão do mundo, da Libertadores. Acho muito legal pegar essa experiência desses caras consagrados, até para a minha vida. Não sei se vou continuar no meio do futebol, mas é legal conviver com pessoas vencedoras. Infelizmente não deu certo. Tantas coisas juntas que acabam não funcionando. Acho que o futebol brasileiro é isso, se não conseguir o resultado em três meses a pressão é muito grande. Em uma equipe como o Vasco ainda mais. Desejamos sorte, que ele seja mais feliz no futuro. Fica o respeito, a gratidão e o carinho por trabalhar com um profissional desse nível.

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