‘Uh, é chocolate!’: o doce domingo da Páscoa de 2000 para os vascaínos
No dia 23 de abril daquele ano, o Vasco distribuiu ovos de chocolate para os torcedores, aplicou 5 a 1 no Flamengo, conquistou a Taça Guanabara e fez a festa no Maracanã
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Era um Domingo de Páscoa como o próximo será. Em 2000, Vasco e Flamengo se enfrentaram no Maracanã numa partida que ficaria famosa por três motivos: a consumação do título da Taça Guanabara para o Cruz-Maltino, a goleada histórica por 5 a 1 e os 40 mil ovos de chocolate distribuídos aos vascaínos na entrada do estádio. Foi o recém-falecido Eurico Miranda, à época vice-presidente de futebol, quem anunciou que faria e cumpriu:
- Dei os ovos de Páscoa para a torcida (do Vasco) e chocolate para eles (torcedores do Rubro-Negro) - provocou o dirigente, após a partida.
A partida era a última daquele primeiro turno do Estadual, e o time da Gávea estava a cinco pontos do Gigante da Colina. Contudo, o Flamengo brigava por três pontos de um outro duelo no Tribunal de Justiça Desportiva. Caso superasse o Cruz-Maltino e, em seguida, levasse a melhor fora de campo, passaria o rival na classificação.
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Dentro das quatro linhas, Romário, no Vasco, enfrentava o Rubro-Negro pela primeira vez depois da passagem pelo rival. Petkovic comandava o Flamengo e fez grande jogada para Leandro Machado abrir o placar. Mas do outro lado havia um verdadeiro esquadrão. Quase todos os 13 utilizados por Abel Braga, então no Cruz-Maltino, chegariam à Seleção Brasileira.
- Foi um jogo, como sempre, muito equilibrado. O Flamengo até saiu na frente... eu nunca fui muito a favor de provocação. Sempre cria, para o time que provoca, uma responsabilidade a mais de ganhar o jogo. Já é um jogo tão difícil e se coloca mais pressão. Não entramos nessa polêmica, no vestiário. Eu não vi - recorda, ao LANCE!, o ex-zagueiro Mauro Galvão. E completa:
- Teve a embaixadinha do Pedrinho, que criou um pouco de confusão, mas acabou passando. Nosso time estava num dia bom e acabou conseguindo um placar elástico - valorizou.
Pois é. Apesar de ter saído atrás no placar, o Vasco chegou aos cinco gols com Felipe, Pedrinho e três vezes Romário. Seis expulsões e aquelas embaixadas feitas por Pedrinho também marcaram aquele jogo, que fica no imaginário vascaíno como uma das grandes vitórias da história do confronto.
Para Mauro Galvão, apesar do desafio de encarar um rival com o placar de 2 a 0 feito no primeiro jogo, nada está perdido para o Vasco atual. A vitória de 2000 pode até inspirar. Mas é a postura que precisará ser diferente.
- É um resultado que pode acontecer. Já houve vitórias expressivas. Não pode é pretender ganhar o jogo sem o mínimo de produção em campo. Tem que ser um time com mais garra, mais determinado. Se o Vasco entrar assim, tem chance. O Flamengo é favorito? É favorito. O Vasco vai ter que se superar, e tudo é possível. O importante é melhorar a produção, que foi muito baixa, fora da curva, não parecia o mesmo time e isso, num clássico, não pode acontecer - afirmou Galvão.
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