Com muitas mudanças, Vasco não rende e peca por falta de eficiência
Time de Marcos Valadares ainda é limitado e treinador alterou muito os posicionamentos nos três jogos em que esteve no comando
Alberto Valentim foi demitido pela direção do Vasco no dia 21 de abril. Na manhã seguinte, Marcos Valadares iniciou uma caminhada nada fácil no comando do time profissional. A ideia era que ele ficasse por um período breve, mas, pouco mais de dez dias depois, o clube ainda não tem um nome. E a equipe começa a mostrar algumas deficiências do trabalho do treinador.
Em mais uma partida fraca neste Campeonato Brasileiro, o Cruz-Maltino até foi melhor do que o Atlético-MG, mas viu Chará marcar um golaço no fim e saiu derrotado. Com atuações ruins ou não, Marcos Valadares carrega responsabilidade pelos resultados. Com mais uma mudança em seu terceiro jogo, falta entrosamento e até ritmo de jogo para algumas opções escolhidas pelo treinador.
De acordo com o "Footstats", o Vasco teve 50,8% de posse de bola, além de apenas quatro finalizações certas e 16 fora do alvo. Foram 426 passes certos trocados e 46 errados, número bem maior do que a média normal da equipe. Porém, isso não se converteu em bom futebol ou domínio. Uma das críticas feitas a Valentim era a rotação excessiva da equipe, falta mais entendimento entre os atletas e menos mudanças expressivas para o time encaixar.
O Vasco ainda não conseguiu mostrar características muito interessantes com o treinador. Na estreia, contra o Santos, pela Copa do Brasil, a mudança de esquema foi positiva, mas o que parece nesse primeiro momento é que a necessidade de uma vitória e as circunstâncias da partida foram mais importantes do que a tática para a equipe sair com um resultado positivo.
Na estreia, quase nada salvou, exceto Marrony, que, ao menos, se esforçou para buscar jogadas ofensivas. Nesta partida, porém, o jovem mudou de posicionamento e acabou refém de uma posição em que não rende bem. Pikachu ainda não fez valer a escolha por ele enquanto Rossi estava machucado e o ataque peca pela falta de criação e eficiência.
- Faltou melhorar a finalização. Sabíamos que era um jogo complicado. Quando empatamos, tivemos a chance de virar e não fizemos. Dentro de casa temos que somar o máximo de pontos. O Brasileiro é difícil. Diante do torcedor temos que ser melhore. Treinamos a infiltração dos volantes e a bola vindo dos zagueiros já para encontrar o Marrony e o Pikachu. A equipe deles se fechou bem e não conseguimos fazer. Depois voltamos melhores, mas não conseguimos vencer - avaliou Fellipe Bastos, que fez a estreia na temporada.