Com verba da venda de Paulinho, Vasco quita atrasados de 2018
Vencimentos foram pagos nesta quarta-feira, incluindo algumas dívidas com jogadores de 2017. Dezembro, 13º e férias do ano passado seguem abertas. Penhoras atrapalham
O Vasco quitou nesta quarta-feira todas os vencimentos atrasados com jogadores e funcionários referentes ao ano de 2018, além de direitos de imagem para alguns atletas referentes a 2017. O clube presidido por Alexandre Campello utilizou para isto parte do valor da venda do atacante Paulinho, transação realizada junto ao Bayer Leverkusen por 18,5 milhões de euros (cerca de R$ 78 milhões). A informação inicial foi publicada inicialmente pelo "Globoesporte" e confirmada pelo LANCE!.
Pendências salariais estão abertas em relação a dezembro, décimo terceiro e férias de 2017. O clube espera liberar penhora da verba de patrocínio da Caixa Econômica Federal, master cruz-maltina até o fim de 2017, para conseguir quitar estas pendências. A última penhora em relação ao banco estatal aconteceu na semana passada, quando a desembargadora Patrícia Serra, da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, determinou o bloqueio de até R$ 1.167.685,72 para pagar a croata Natasa Osmokrovic, jogadora de vôlei do Vasco no início deste século.
Osmokrovic está desde 2005 está na Justiça tentando receber atrasados do Vasco. Conseguiu no período várias penhoras, mas o clube seguia recorrendo e evitando o pagamento. Em 2017 foi feito um acordo entre as partes, o que foi descumprido pelo Cruz-Maltino agora (confira a seguir a decisão na íntegra).
Porém, este acordo foi descumprido agora e juiz determinou penhora de até R$ 1.167.685,72 do contrato do Vasco com a Caixa Econômica Federal. O Vasco recorreu novamente e pediu Assistência Judiciária Gratuita, o que foi negado ontem pela desembargadora Patrícia Pinheiro #lanceVAS pic.twitter.com/lsDfEBjits
— David Nascimento (@daviddcn) 3 de maio de 2018
Até na verba da venda do Paulinho o Vasco já sofreu com penhora. Na segunda-feira, a juíza Débora Maria Barbosa Sarmento, da 7ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, determinou penhora de R$ 442.530,54 referente à transação do atacante por conta de uma empresa de consultoria que entrou em ação contra o clube em 2013. No ano de 2014 foi feito um acordo, homologado pela Justiça no mês de novembro, com transitado em julgado em dezembro, mas foi descumprido com a Justiça sendo acionada novamente em 2015 e a nova ordem de penhora decretada (confira abaixo).
Valor de R$ 442.530,54 da venda do Paulinho corre risco de penhora. Uma empresa de consultoria esportiva entrou na Justiça em 2013 contra o Vasco, um acordo foi feito em 2014, mas descumprido em 2015 pelo clube. Embargos de declaração foram rejeitados em 1a instância #lanceVAS
— David Nascimento (@daviddcn) 7 de maio de 2018
Agora, o Vasco recorrerou em 2a instância contra a dívida. Na inicial pediu Assistência Judiciária Gratuita, o que foi negado há pouco pelo desembargador Antônio Bastos. Ele citou a venda que rendeu milhões de euros ao clube, em pedido da autora para receber o devido #lanceVAS pic.twitter.com/YqXmOutU39
— David Nascimento (@daviddcn) 7 de maio de 2018
Esta ação teve nova decisão há pouco, via processo original na primeira instância. Ordem de penhora foi decretada pela juíza Débora Maria Barbosa Sarmento, da 7a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Espia o despacho #lanceVAS pic.twitter.com/eL0m8yitPR
— David Nascimento (@daviddcn) 7 de maio de 2018