Deliberativo do Vasco aprova eleição direta e prolonga debate do estatuto
Já a partir do ano que vem, disputa para presidente do clube será decidida diretamente pelos sócios do Cruz-Maltino. Discussão da reforma estatutária mais ampla vai até janeiro
Dia histórico. O Conselho Deliberativo do Vasco aprovou, na noite desta quarta-feira, a votação direta para presidente do clube a partir do pleito do ano que vem. Deste modo, os sócios decidirão o próximo mandatário sem precisarem passar pelo crivo dos próprios conselheiros. A decisão foi por unanimidade.
Por outro lado, foi prolongado o debate para a reforma mais ampla do estatuto do clube. Após consenso entre lideranças políticas, a casa se reunirá no fim do próximo janeiro para votar novas alterações. Por ora, seguem valendo as regras eleitorais de um ano associado para votar e três para ser votado.
A votação direta para presidente se dá após grande mobilização de torcedores sobre o tema e, sobretudo, depois das 120 mil adesões ao quadro de sócios em dez dias. A campanha começou na segunda-feira da semana passada e foi sucesso instantâneo, tanto que acabou prolongada. Vale lembrar, porém, que quem se associou neste período não terá direito a voto no pleito de 2020.
No meio do mês passado, um grupo de sócios já colhia assinaturas para tentar alterar o estatuto e propor eleição direta independentemente dos conselheiros. Exemplo da pressão que os grupos e órgãos políticos do clube vinham sofrendo para a modernização das regras eleitorais do Cruz-Maltino.
A eleição indireta no Vasco era uma tradição. Na última eleição, porém, Julio Brant venceu na Assembleia Geral com Alexandre Campello de vice. A chapa rachou e numa coalizão apoiada pelo falecido ex-presidente Eurico Miranda, Campello concorreu e ganhou a disputa no Deliberativo.