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Desempenho atual x histórico da Série B: entenda por que, para subir, o Vasco precisa melhorar na defesa

Média de gols sofridos deixa retaguarda cruz-maltina longe das melhores da competição. Números mostram que a segurança defensiva é o primeiro passo para o acesso

Vasco - treinamento
Ernando e Leandro Castan costumam formar a dupla de zaga do time de Marcelo Cabo (Rafael Ribeiro/Vasco)

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O Vasco sofreu, até aqui, dez gols em nove partidas. Média superior a um gol levado por jogo. Significa que a defesa é um dos problemas que o time precisa ajustar se quiser ter chances concretas de voltar à primeira divisão. Isso porque os números da Série B do Campeonato Brasileiro dos últimos dez anos, por diferentes óticas, dão esta dimensão. É preciso melhorar. É preciso estar entre os melhores números defensivos da competição.

O Vasco só conseguiu sair de campo sem ser vazado, nesta Série B, em dois jogos. O histórico recente indica que o nível da competição subiu. É preciso ser seguro na defesa e farto no ataque. E se não for tão bem na defesa, terá que ser melhor ainda no setor ofensivo. Talvez por isso o goleiro Vanderlei pregue o equilíbrio em vez de a atenção a somente um setor.

- Acho que não dá para individualizar só um setor do campo, é um conjunto. Temos que estar equilibrados. O (Marcelo) Cabo mudou o sistema para encaixarmos melhor. Temos outras possibilidades, momentos. Tomávamos gols de bola parada com frequência. Tudo no futebol é trabalho, não tem segredo - entende o camisa 1.

Confira dados da Série B dos últimos dez anos
-> O primeiro colocado na classificação final sempre teve uma das quatro melhores defesas
-> O segundo colocado na classificação final teve uma das quatro melhores defesas em sete dos dez anos.


Vasco tem a 10ª melhor defesa desta Série B. São dez gols sofridos em nove jogos. Com essa média, a tendência é de não obter o acesso.

-> 31 de 40 times que tiveram uma das quatro melhores defesas tiveram média de, no máximo, um gol sofrido por jogo. E 24 deles subiram.

Confira as melhores defesas da Série B dos últimos dez anos:

2020
Chapecoense, 21 gols sofridos, 1º lugar;
América-MG, 23 gols sofridos, 2º lugar;
Cruzeiro, 32 gols sofridos, 11º lugar;
Brasil-RS, 33 gols sofridos, 12º lugar.

2019
Red Bull Bragantino, 27 gols sofridos, 1º lugar;
Sport, 29 gols sofridos, 2º lugar;
Atlético-GO, 29 gols sofridos, 4º lugar;
Paraná, 33 gols sofridos, 6º lugar.

2018
Avaí, 32 gols sofridos, 3º lugar;
Fortaleza, 33 gols sofridos, 1º lugar;
Brasil-RS, 35 gols sofridos, 11º lugar;
Vila Nova, 36 gols sofridos, 7º lugar.

2017
América-MG, 25 gols sofridos, 1º lugar;
Internacional, 26 gols sofridos, 2º lugar;
Paraná, 28 gols sofridos, 4º lugar;
Vila Nova, 30 gols sofridos, 7º lugar.

2016
Londrina, 29 gols sofridos, 6º lugar;
Avaí, 34 gols sofridos, 2º lugar;
Bahia, 34 gols sofridos, 4º lugar;
Atlético-GO, 35 gols sofridos, 1º lugar.

2015
Botafogo, 30 gols sofridos, 1º lugar;
Vitória, 40 gols sofridos, 3º lugar;
Paysandu, 40 gols sofridos, 7º lugar;
Luverdense, 40 gols sofridos, 10º lugar.

2014
Joinville, 33 gols sofridos, 1º lugar;
Vasco, 36 gols sofridos, 3º lugar;
Ponte Preta, 38 gols sofridos, 2º lugar;
América-MG, 38 gols sofridos, 5º lugar.

2013
Palmeiras, 28 gols sofridos, 1º lugar;
Chapecoense, 31 gols sofridos, 2º lugar;
Paraná, 39 gols sofridos, 8º lugar;
América-MG, 42 gols sofridos, 9º lugar.

2012
Goiás, 37 gols sofridos, 1º lugar;
Criciúma, 37 gols sofridos, 3º lugar;
São Caetano, 38 gols sofridos, 5º lugar;
Avaí, 42 gols sofridos, 7º lugar.

2011
Portuguesa, 38 gols sofridos, 1º lugar;
Boa, 40 gols sofridos, 7º lugar;
Náutico, 41 gols sofridos, 2º lugar;
Criciúma, 43 gols sofridos, 14º lugar.

Vanderlei - Vasco 0x1 Botafogo - Final Taça Rio 2021
Vanderlei foi contratado para esta temporada (Rafael Ribeiro/Vasco)

Não chega a ser uma garantia, mas é extremamente importante que o Vasco consiga melhorar o rendimento defensivo. Além de buscar ficar entre as melhores retaguardas da competição, terminar a disputa com o número de gols sofridos menor ou igual a 38 - quantidade de rodadas - indica grande chance de voltar à elite. Repare, abaixo, como o nível defensivo da Segunda Divisão Nacional subiu nos últimos anos.

Em 2011, três times subiram com mais de 38 gols sofridos
Em 2012, dois times subiram com mais de 38 gols sofridos
Em 2013, dois times subiram com mais de 38 gols sofridos
Em 2014, um time subiu com mais de 38 gols sofridos
Em 2015, três times subiram com mais de 38 gols sofridos
Em 2016, um time subiu com mais de 38 gols sofridos
Em 2017, nenhum subiu com mais de 38 gols sofridos
Em 2018, um time subiu com mais de 38 gols sofridos
Em 2019, nenhum time subiu com mais de 38 gols sofridos
Em 2020, dois times subiram com mais de 38 gols sofridos

Agora confira quantos times com, no máximo, 38 gols sofridos, não subiram:

2020: cinco
2019: cinco
2018: três
2017: três
2016: dois
2015: nenhum
2014: um
2013: nenhum
2012: um
2011: nenhum

-> Confira a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro

Então, ter uma defesa forte não basta. Mas é o primeiro passo para conquistar a vaga na elite.

- Estamos aí para ajudar. Temos que estar prontos para a hora de ajudar. Não tomando (gol) ali atrás dá mais chance de ajudar o time a vencer - completa Vanderlei.

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