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Desempenho retumbante do Vasco no clássico vira exemplo naturalmente, mas deixa legado maior: de orgulho

A despeito da diferença atual de divisão nacional entre as equipes, o Cruz-Maltino bloqueou a letalidade de um time histórico do futebol brasileiro. Feito que será eternizado

Leo Matos
imagem cameraLéo Matos teve grande atuação no ataque e na defesa (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco da Gama)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/04/2021
01:35
Atualizado em 16/04/2021
07:30

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O torcedor pode entender o tamanho do que aconteceu na noite desta quinta-feira, no Maracanã, fazendo o exercício de olhar para trás: quanto tempo faz que o Vasco não vence da forma como venceu? Há quanto tempo que o time não se impõe, da forma como se viu, sobre um adversário do nível do Flamengo atual? Seja como for o futuro, a história vai contar que o feito cruz-maltino foi gigante como o clube.

Desde os primeiros segundos do jogo, a disposição para a marcação ficou evidente. Só não era possível ter certeza que, taticamente, a estratégia inédita de esperar o rival para, depois, contra-atacar daria tão certo. O Vasco defendeu bem, atacou e fez o gol; seguiu defendendo com eficiência, foi ao ataque, rondou a área e fez outro gol; sequência repetida, mais um gol e o poderoso adversário como raramente se vê.

O Flamengo mais rondou a área do time de Marcelo Cabo do que chutou a gol. Cruzou mais do que testou Lucão. E quando o goleiro foi obrigado a trabalhar, mostrou que, se não o presente, o futuro vascaíno debaixo das traves estará bem servido com ele - Vanderlei assumirá a titularidade em breve.

-> Confira a tabela do Campeonato Carioca

Os zagueiros foram seguros. Um lateral fez um gol, outro deu uma assistência. Cano finalmente fez o dele no Rubro-Negro. Do meio-campo para frente, quem menos fez se entregou na marcação, que foi Gabriel Pec. Para vencer o bicampeão brasileiro, a equipe que caiu para a segunda divisão e tenta se reconstruir precisaria ser valorosa atrás e na frente. Tudo que se viu foi isso.

É um afago no maltratado coração do torcedor. É orgulho para ser comemorado, sim. É atuação para servir de exemplo para o ano. E mesmo se o time não conseguir repetir um desempenho similar no necessário retorno à Série A, o baile da última noite será contado para filhos e netos do time atual.

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