Diante do Santos, Vasco busca mais três pontos em meio à maratona
Preparador físico e coordenador científico do Cruz-Maltino ressaltam a preparação ao longo de cinco meses sem jogos com intervalo curto antes das sete partidas em três semanas
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São sete jogos em 21 dias. O duelo deste sábado, contra o Santos, é apenas o terceiro da maratona do Vasco, que começou no último dia 29, contra o Corinthians, e terminará somente no dia 20 deste outubro, diante do Internacional. Após cinco meses, o time cruz-maltino voltou a jogar em sequência no meio e no fim de semana. E o período é importante para as pretensões da equipe no Campeonato Brasileiro. O duelo desta tarde é às 17 horas, em São Januário. O site do LANCE! transmite a partida em tempo real.
Obviamente, diretoria, time e torcida preferiam que os comandados de Vanderlei Luxemburgo estivessem há mais tempo jogando no meio da semana, mas o time foi eliminado precocemente da Copa do Brasil. Para a Copa Sul-Americana, nem se classificou. Esse contexto fez com que praticamente desde o início do Brasileiro houvesse semanas completas para descanso, recuperação, treinos físicos e táticos dos jogadores. Agora, o calendário afunilou.
- O trabalho para esses jogos não foi feito e nem vai ser feito agora. O Vasco vem jogando domingo, domino e domingo há muito tempo. Fui armazenando e controlando a carga de trabalho para não fazer over (além do correto) nos jogadores antes do tempo. Esses jogos quarta e domingo vão nos ajudar a entrar em ritmo de jogo. Ritmos de treino e de jogo são diferentes. Agora está todo mundo com energia, preparado. Prevenção, recuperação e jogo, prevenção, recuperação e jogo. Não tem outra coisa para fazer - resumiu o técnico Vanderlei Luxemburgo.
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Para se ter ideia, o time jogou contra o Corinthians no domingo, em São Paulo (SP), voltou para o Rio, viajou na terça para Belo Horizonte (MG), venceu o Atlético-MG na quarta, teve duas sessões de treino e vai encarar o Alvinegro Praiano neste sábado. O tempo para Luxa intensificar as valências táticas e coletivas da equipe já se foi. Agora, a prioridade é a recuperação dos atletas.
- Provavelmente não vai ter mais coletivo nesse período. Treino tático, de postura, sim. Andando, cobrando, trotando em campo. Mas, com disputas, praticamente acabou. Teremos correções táticas e de gesto técnico. Fundamentos, de modo geral - prevê Antônio Mello, preparador físico do Vasco, ao LANCE!.
O coordenador científico do Vasco, Daniel Gonçalves, segue a mesma linha. O soberano nas decisões é o treinador, mas o trabalho vem sendo coletivo no Cruz-Maltino. O Corinthians já foi, o Atlético-MG também. O Santos é o rival deste sábado e, até o dia 20, contra o Inter, há Avaí, Fortaleza e Botafogo no intervalo de seis dias.
- Os processos recuperativos têm que ser muito mais realizados. Sono, alimentação e, depois, o controle de carga. A gente diminuiu as lesões. Ontem (quinta-feira, primeiro dia após a vitória sobre o Atlético-MG), quem jogou só ficou lá dentro (não foi para o campo). Foi enfatizado o bom sono. Fizemos alimentação no hotel, no CT, fizemos a recuperação interna e tomamos medidas individualizadas como massagem, hidroterapia, termoterapia - revela Daniel, também ao LANCE!.
Preparação ao longo dos meses
O Vasco vem tendo desfalques nas partidas recentes, mas a maioria por conta de suspensões ou problemas contratuais. Raramente problemas físicos têm aparecido. Neste período, de jogos com pouco intervalo entre si, o desafio é extrair o melhor desempenho técnico, mesmo que, fisicamente, os 100% sejam improváveis.
- Ao jogar domingo, quarta, domingo, quarta, o jogador vai perdendo aquela condição ótima de jogo. Na terceira ou quarta partida, vai tendo acúmulo de fadiga. E tem varias fadigas, tem a energética, a de liquido (água e sais minerais), a mental, a emocional de jogos para encarar essas situações competitivas... porque exige muita concentração, e gera fadiga também - explica Daniel Gonçalves.
Mas o Vasco chega com o elenco praticamente completo. Quem não vem sendo utilizado já é por opção técnica. Fora os casos de Breno e Ramon, que já vem com problemas físicos mais antigos.
- Estamos muito satisfeitos, bem preparados. O critério que adotei foi de fortalecimento, arranque e tudo mais em caixa de areia, circuito. Chegamos preparadíssimos. Aos mais velhos, o critério é recuperá-los. Para os mais novos, o encaixe é outro tipo de treinamento no dia a dia. Também analisamos cada jogo, se teve viagem, se treinamos no local - ressalta Antônio Mello.
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